Grande Fortaleza tem série de ataques com ônibus queimado e explosões

No meio da madrugada uma forte explosão assustou moradores de Caucaia

Uma série de ataques de criminosos entre a noite de quarta (2) e a madrugada desta quinta (3) na região metropolitana de Fortaleza deixou ônibus e vans queimados e abalou estrutura de um viaduto na rodovia que liga a capital cearense a Brasília.

A polícia investiga se há ligação entre as ações e se podem estar ligadas às mudanças anunciadas pelo governo estadual para a administração de presídios no segundo mandato de Camilo Santana (PT).

No meio da madrugada uma forte explosão assustou moradores de Caucaia próximo a um viaduto que passa pela BR-020, estrada que liga Fortaleza a importantes cidades do interior, como Canindé, e a Brasília. No local foram encontrados explosivos e parte da estrutura foi afetada.Não há relatos de feridos e o bloqueio na estrada, no momento, é parcial. Ainda em Caucaia uma van que faz transporte público foi incendiada.

Em Fortaleza houve ataque a dois ônibus, incendiados nos bairros Edson Queiroz e na avenida Cônego de Castro, ambos na região periférica da cidade.Radares de trânsito em ao menos duas avenidas e câmeras de segurança também foram danificados.

Em Horizonte, na região metropolitana, uma bomba caseira foi atirada no pátio onde estavam carros no Demutran (Departamento Municipal de Trânsito) queimando seis veículos de uso municipal.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social ainda não informou se há detidos.Os ataques ocorrem depois de Camilo Santana anunciar que uma das prioridades de seu segundo mandato será endurecer as regras em presídios, que hoje têm unidades divididas entre facções criminosas: as três mais fortes no estado são o PCC (Primeiro Comando da Capital) e GDE (Guardiões do Estado), que são aliados, e o CV (Comando Vermelho).

Santana criou uma secretaria exclusiva para o assunto, a de Administração Penitenciária, e escalou para comandá-la o policial civil e ex-secretário de Justiça do Rio Grande do Norte Luís Mauro Albuquerque.

Na terça (1º), durante a posse dos secretários no Palácio da Abolição, Albuquerque disse que não reconhecia as facções criminosas e que os presídios têm que ser comandados pelo estado, não pelos criminosos -nos últimos meses vídeos de detentos com celulares nas unidades circularam pela internet. Há possibilidade, inclusive, da revisão da divisão de detentos por presídios com base na facção a que pertencem, o que pode ter desencadeado ordens para as ações realizadas por bandidos nas últimas horas. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança, o Ceará foi, em 2017, o terceiro estado do país com mais mortes violentas. A taxa foi de 59,1 mortos a cada 100 mil habitantes.

À frente do estado estiveram apenas Rio Grande do Norte (68) e Acre (63,9). Em 2018, segundo dados divulgados pelo estado, houve queda de 10,5% na taxa de homicídios entre janeiro e novembro de 2018, comparado com 2017. Mesmo assim, no ano passado ocorreu a maior chacina da história do Ceará, com 14 mortos durante uma festa na periferia de Fortaleza, em janeiro, e a morte de seis reféns após ação policial para evitar assalto a dois bancos em Milagres, no interior, em dezembro.

*Com informações da Folhapress. 

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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