Inteligência da Saúde da USP atribui catástrofe do Brasil na pandemia ao negacionismo do Governo Bolsonaro

Brasil pode chegar a 200 mil mortos por covid-19 em outubro, diz especialista

Por AFP-Geral
Compartilhado por Central de Jornalismo

O Brasil se aproxima dos 100.000 mortos pelo novo coronavírus e, caso se mantenha no ritmo atual, esse balanço terá duplicado em meados de outubro, segundo projeção de Domingos Alves, especialista em estatísticas relacionadas com a pandemia.

Em entrevista à AFP, o coordenador do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP critica duramente as autoridades pelo “sacrifício da população”. E atribui a catástrofe ao “negacionismo” do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia, à falta de medidas estritas para reduzir o número de contágios e à suspensão precipitada do confinamento.

“Na minha opinião, as curvas (de casos e mortes) vão acelerar nas próximas semanas (…) Vejo que essa epidemia vai ficar desse jeito até dezembro, até que tenhamos uma vacina” , disse o Coordenador.

Com o passar do tempo, a contaminação aumenta no interior dos estados que começaram a reduzir (o número de casos) nas capitais; (em) regiões que antes não estavam na pandemia, como a região Centro-Oeste, a região Sul e Minas Gerais.

Do ponto de vista federal, houve uma negação histórica da pandemia. O governo federal ainda acredita que é uma “gripezinha” e não existe uma política nacional integrada de combate à covid-19.

Do ponto de vista federal, houve uma negação histórica da pandemia. O governo federal ainda acredita que é uma “gripezinha” e não existe uma política nacional integrada de combate à covid-19.

O Brasil nunca poderia ter adotado medidas de relaxamento com esse crescente número de casos. Isso é consequência desse negacionismo, agora com o apoio dos governadores. A partir de 1º de junho, temos 26 governadores e mais de 5.000 prefeitos preocupados com as eleições municipais (previstas para novembro).

Continuamos tendo recordes diários de casos e óbitos, ao mesmo tempo em que (as autoridades) tentam mostrar para a população de maneira sistemática que a ideia é aumentar o número de leitos.

O Brasil rejeitou sistematicamente, tanto por parte do governo federal e agora mais recentemente por parte dos governos estaduais, a adoção das medidas que foram sugeridas pela OMS e que funcionaram em vários países europeus.

A ciência foi para o espaço há muito tempo nesse país.

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