Maricá realiza 25 captações de órgãos para transplantes

A Prefeitura de Maricá avançou no processo de captação de órgãos na cidade, que são destinados a pacientes que necessitam de transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS).

Até o momento, já foram 25 procedimentos nos hospitais municipais Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, e Conde Modesto Leal, no Centro. Somente em 2024, até setembro, foram registradas 11 captações, o que mostra o impacto após a instalação do heliponto no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, trazendo mais agilidade e eficácia ao transporte de órgãos.

Rodrigo Nunes Coutinho, neurologista e membro do CIHDOTT do Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, destacou o papel fundamental das doações e a contribuição dos profissionais. “O transplante é a solução ideal para diversas doenças incapacitantes na vida dos pacientes. O ato de doar é um direito do paciente e de seus familiares, assegurado por lei, com a participação de profissionais que buscam proporcionar acolhimento e esperança em um momento de extrema dor. O SUS financia todo esse processo e, nos últimos anos, tem ocorrido um crescente aumento nas doações, algo do qual o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara faz parte”, afirmou.

Processo qualificado de captação de órgãos

Maricá passou a realizar captação de órgãos em 2022, quando o município foi inserido no Programa Estadual de Transplantes (PET). O processo começa quando a equipe de profissionais identifica um quadro clínico com suspeita de morte encefálica, sinalizando à comissão responsável por essa área, que faz a atualização da situação do paciente e oferece as primeiras orientações à família, dando início ao acompanhamento.

Após a finalização das etapas de identificação e avaliação detalhada dos profissionais, são enviados dados e informações necessárias à equipe do RJ Transplantes, que segue com a organização e análise dos processos necessários até a doação e o transplante de órgãos.

Paula Nadaf, psicóloga do CIHDOTT do Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, garantiu que os transplantes promovem o bem-estar e passam por processos criteriosos.

“O transplante salva a vida das pessoas. O Brasil é o único país que realiza todo o processo de captação e transplante de órgãos gratuitamente, um diferencial do SUS. No Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, o processo começa com a morte encefálica do paciente e, a partir daí, iniciamos os procedimentos, e temos trabalhado para ampliar a conscientização da população sobre a importância desse ato”, afirmou.

A psicóloga também reforça o impacto do heliponto da unidade hospitalar, inaugurado em 05/07 em uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), a autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar) e a Secretaria de Saúde.

“Estamos avançando e agora temos o heliponto no hospital, possibilitando a transferência dos órgãos com mais agilidade. Além disso, estamos cada vez mais alinhados ao RJ transplantes, contando com toda a assessoria necessária”, concluiu.

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