Biden desiste da candidatura
veja quais são os possíveis substitutos do presidente na eleição Com informações do G1 Com a desistência do presidente Joe Biden da corrida presidencial neste domingo (21), a dúvida agora é quem o substituirá na candidatura democrata nas eleições de novembro. A pressão que levou Joe Biden a desistir da corrida presidencial começou após o debate entre Joe Biden e o oponente Donald Trump em junho, que confirmou os temores dos democratas sobre o desempenho do presidente. Durante a disputa contra Trump, Biden foi hesitante e demonstrou confusão em alguns momentos —foi uma atuação catastrófica, segundo especialistas. Biden venceu as prévias democratas sem concorrência no início do ano, porém com sua desistência os delegados conquistados por ele terão que ser designados ao novo candidato. É provável que os democratas decidam na chapa que vai concorrer contra Donald Trump e a questão dos delegados durante a Convenção Nacional Democrata de 2024 em Chicago, entre 19 e 22 de agosto. O processo para a escolha de um novo candidato no lugar de Biden, no entanto, não é fácil. Uma troca dessas nunca aconteceu antes no partido democrata, envolve questões dos delegados conquistados na primárias e principalmente o presidente teria que desistir por conta própria da disputa — nesta sexta (28), ele reiterou que “eu pretendo vencer esta eleição”. Veja quais são os nomes cotados para assumir o posto se Biden decidir deixar a disputa: Kamala Harris Atual vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris não se torna automaticamente a candidata democrata para 2024 se Biden decidir renunciar à presidência. No entanto, a escolha por Harris é a mais óbvia até o momento. A democrata poderia ser favorecida por já estar no governo atual e na chapa democrata, o que pode ser visto como uma continuidade natural do mandato de Biden. Sua atuação durante o governo, no entanto, é alvo de críticas por pouco destaque de atuação, além de ter uma popularidade relativamente baixa entre o público americano. Mesmo se Harris conseguir a nomeação do partido, ela ainda precisaria de um candidato próprio à vice-presidência, o que poderia gerar ainda uma luta entre as futuras estrelas do partido para compor a chapa dela. Se eleita, Kamala Harris seria a primeira mulher a assumir a presidência dos EUA. Gavin Newsom O governador da Califórnia, estado mais rico dos EUA, é um dos principais nomes cotados a substituir Biden na campanha democrata. No ano passado, Newsom, de 56 anos, ganhou destaque após um debate televisionado com o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, que chegou a ser considerado uma prévia de um confronto presidencial do futuro à época. A demonstração de apoio do governador a democratas em eleições fora de seu estado também foi interpretada como uma campanha paralela na Casa Branca. Newsom, no entanto, rejeitou as preocupações sobre a candidatura de Biden após o desempenho duramente criticado no debate contra o ex-presidente Trump e afirmou que “não vai trair o presidente dos EUA”. Gretchen Whitmer Atual governadora do estado do Michigan, Gretchen Whitmer, de 52 anos, já passou pela Câmara dos Representantes e pelo Senado de Michigan, antes de assumir a liderança do estado desde 2019. O estado é considerado um “Swing State”, ou seja, tem possibilidade de pender para o lado republicano ou democrata na votação de novembro. Whitmer também estava na lista de candidatos para ser vice-presidente de Biden na eleição em 2020 e conseguiu um bom desempenho na votação do Partido Democrata, o que é atribuído ao desempenho da governadora no Michigan. J. B. Pritzker Também governador, desta vez do estado de Illinois, J. B. Pritzker tem ganhado destaque durante o mandato, o que pode chamar a atenção dos democratas na escolha de um substituto. O político de 59 anos pode usar como vantagem a regulamentação do direito ao aborto que realizou no estado. O estado já investiu mais de US$ 23 milhões na expansão do acesso ao procedimento e à saúde reprodutiva desde 2022. O estado teve um aumento expressivo no número de mulheres que viajaram para Illinois à procura do procedimento após a reversão histórica do caso “Roe vs. Wade” pela Suprema Corte americana em 2022, que retirou o direito nacional ao aborto nos EUA. Pritzker já declarou que o estado é um “santuário” para as mulheres que procuram a interrupção da gravidez, além de ser incisivo em temas como controle de armas e na legalização da maconha para uso recreativo. Dean Phillips Dean Phillips, de 55 anos, é deputado pelo estado de Minnesota. Phillips foi candidato durante as primárias democratas no início do ano, mas não teve um bom desempenho na disputa. Na ocasião, Phillips afirmou que “Biden era um bom homem, mas não seria capaz de derrotar o ex-presidente Donald Trump numa disputa eleitoral geral”. O democrata preferiu manter silêncio em meio a chuva de críticas dos democratas sobre o debate. Antes de entrar na política, Phillips teve uma carreira de sucesso nos negócios: foi presidente e CEO da empresa de bebidas de sua família, Phillips Distilling Company, e mais também já atuou como co-proprietário e CEO da Talenti Gelato, que foi vendida em 2014. Sherrod Brown O senador de Ohio, Sherrod Brown, tem destaque na defesa de pautas que envolvem os direitos e proteções trabalhistas, e já se posicionou em defesa da fertilização in vitro e do direito ao aborto. Com 71 anos, Brown seria o homem mais velho dentre as escolhas dos democratas. Mesmo assim, ainda teria 7 anos a menos que o republicano Donald Trump.
Espanha pedirá a UE que apoie ordem da CIJ para que Israel interrompa operação em Rafah
A Corte Internacional de Justiça ordenou a suspensão imediata da operação militar na cidade no sul de Gaza, aumentando ainda mais a pressão internacional sobre Israel Fonte: CNN O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, disse que pedirá aos Estados-membros da União Europeia (UE) que apoiem oficialmente a ordem do Corte Internacional de Justiça (CIJ) para que Israel interrompa a sua operação militar em Rafah. Falando na segunda-feira (27) ao lado dos ministros dos Negócios Estrangeiros irlandês e norueguês numa conferência de imprensa em Bruxelas, Albares disse que pediria aos outros 26 membros da UE que declarassem o seu apoio à decisão do CIJ e que, se Israel se opusesse à decisão do tribunal, “tomassem as medidas certas para fazer cumprir essa decisão e apoiar um dos órgãos mais importantes da Carta da ONU”. Na semana passada, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que iriam reconhecer formalmente um Estado palestino. Na sexta-feira, a CIJ ordenou a Israel que suspendesse imediatamente a sua operação militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza, aumentando ainda mais a pressão internacional sobre Israel enquanto este trava a sua guerra contra o Hamas. árias organizações de ajuda global escreveram uma carta conjunta na segunda-feira apelando ao Conselho de Segurança da ONU para fazer cumprir as ordens da CIJ de que Israel “pare imediatamente” a sua ofensiva militar em Rafah. “É necessária uma ação imediata para defender o direito internacional e garantir que o governo de Israel cumpra as suas obrigações conforme determinado pela CIJ”, dizia a carta. Apesar da ordem, “o derramamento de sangue continuou”, dizia a carta. “Apelamos ao Conselho de Segurança da ONU para que tome medidas decisivas para garantir que as ordens da CIJ sejam implementadas, permitindo que a ajuda humanitária chegue aos necessitados e possibilitando investigações completas sobre violações do direito internacional. “O Conselho de Segurança deve agir agora para defender a justiça, proteger os direitos humanos e manter a paz e a segurança internacionais. Se não o fizer, comprometeria ainda mais as condições para sustentar a vida humana em Gaza e minaria a confiança global na primazia do direito internacional.” (Com informações de Duarte Mendonça, em Londres, Sarah El Sirgany e Zeena Saifi)
Thiago Brennand é preso nos Emirados Árabes Unidos
Por Patrícia Marques, TV Globo e g1 SP — São Paulo O empresário Thiago Brennand, acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça, foi preso nos Emirados Árabes Unidos. A informação foi confirmada pela TV Globo com fontes da Polícia Federal.A PF deve enviar nesta terça (18) quatro policiais àquele país para trazê-lo ao Brasil.No sábado (15), autoridades dos Emirados Árabes Unidos aprovaram o pedido de extradição de Brennand.Há cinco mandados de prisão preventiva em território brasileiro contra o empresário, por acusações de agredir uma modelo, sequestrar, tatuar, estuprar uma segunda mulher e estuprar uma jovem e uma miss.Entenda quais são os próximos passos para a extradição, segundo fontes da Polícia Federal e um delegado-chefe da Interpol que acompanha o processo:Brennand já está preso nos Emirados Árabes? Sim. Mas, até domingo (16), ele cumpria medidas cautelares em liberdade.Qual a autoridade que fará o processo de extradição? A Polícia Federal, por meio da Diretoria Internacional, deve buscar Brennand no exterior. Uma equipe de agentes será enviada aos Emirados Árabes Unidos. Normalmente, dois policiais fazem o trâmite, mas uma análise de risco foi feita e, no caso do empresário, devido ao histórico de violência, serão quatro.O que precisa acontecer para ele ser extraditado? Para a extradição acontecer, Brennand precisava ser detido pela autoridade local e ficar preso nos Emirados Árabes. Depois, a Polícia Federal efetiva a extradição. A Interpol atua apenas na publicação da Difusão Vermelha, o que já ocorreu.Quando Brennand será extraditado? Com a prisão efetivada, o processo não costuma demorar. Segundo a Polícia Federal, acontece em poucos dias.Quem está negociando o processo de extradição? A extradição do Thiago Brennand está sendo tratada diretamente pela Polícia Federal com o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos. Trata-se de uma atividade bilateral entre o Brasil e o país asiático. Lula confirmou a extradiçãoNa última quarta-feira (12), o g1 publicou que a extradição de Brennand seria um dos assuntos abordados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua passagem pelos Emirados Árabes. Fontes do Itamaraty confirmaram à TV Globo que Lula iria perguntar ao presidente Mohammed bin Zayed Al Nahyan sobre a situação do empresário.Após passar pela China, Lula chegou ao país árabe no sábado (15). Depois de se encontrar com o presidente local, foi questionado sobre as tratativas da extradição de Thiago Brennand e negou ter discutido o assunto, mas neste domingo (16), o presidente confirmou que as autoridades aprovaram o pedido.
Vai voltar? Bolsonaro prepara retorno ao Brasil em meio a pressão por extradição dos EUA
Não é só o temor de ser forçado a sair do país que faz o ex-presidente rever seu planejamento original, a questão do visto também pesa — entenda por quê Por Seu Dinheiro10 de janeiro de 2023Compartilhado porCentral de Jornalismo A pressão dos democratas nos EUA para a extradição de Jair Bolsonaro parece estar surtindo efeito. O ex-presidente comunicou ao comando bolsonarista ligado ao PL que vai retornar ao Brasil. O plano inicial era ficar em Orlando, na Flórida, pelo menos um mês, mas diante da pressão que a ala democrata está exercendo sobre o presidente norte-americano, Joe Biden, para que mande Bolsonaro de volta ao Brasil, o próprio ex-presidente resolveu voltar para casa por conta própria. Para isso, no entanto, Bolsonaro disse que precisa superar a crise de obstrução intestinal que, segundo pessoas próximas, teria levado o ex-presidente a um hospital nos EUA. Bolsonaro e a extradição Pelo menos cinco deputados democratas norte-americanos se manifestaram nas redes sociais pedindo a extradição de Bolsonaro. Segundo fontes próximas do ex-presidente ouvidas pelo UOL, Flávio e Eduardo Bolsonaro temem que o pai seja realmente enviado de volta ao Brasil pelo governo dos EUA. Além disso, os filhos também avaliam a possibilidade de fortalecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os ataques em Brasília em um momento no qual Bolsonaro está longe do Brasil. Para que uma extradição seja possível, no entanto, o governo ou a Justiça brasileira precisa entrar com o pedido seguindo algumas regras, entre elas, o alvo da extradição precisa ter um mandado de prisão emitido — e, no caso de Bolsonaro, não há até o momento. Confira mais detalhes sobre o processo de extradição no Brasil. Na segunda-feira (09), no entanto, o senador Renan Calheiros (MDB) formalizou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro se apresente ao país em 72 horas sob pena de ser preso. Vale lembrar que o ex-presidente não é investigado formalmente no inquérito das milícias digitais, aberto a partir do inquérito dos atos antidemocráticos.
Bolsonaro está clandestino nos EUA? – Central de Jornalismo no.
EUA dizem que indivíduo com visto oficial e que não está mais em serviço oficial deve sair ou buscar novo status Yahoo NotíciasCompartilhado PorCentral de Jornalismo10/01/2022 Presidente Jair BolsonaroWASHINGTON (Reuters) – O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que cabe a um indivíduo que entrou nos Estados Unidos com o chamado visto “A”, reservado para diplomatas e chefes de Estado, deixar o país em 30 dias ou solicitar uma mudança de status de imigração caso não esteja mais envolvido em assuntos oficiais. O ex-presidente Jair Bolsonaro voou para a Flórida dois dias antes de seu mandato terminar em 1º de janeiro, antes que seus apoiadores invadissem e depredassem as sedes dos Três Poderes em Brasília no domingo, e acredita-se que ele tenha obtido tal visto. O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse em uma coletiva de imprensa que não poderia comentar sobre a situação do visto de um indivíduo, mas falou em geral sobre as regras de visto. “Se um indivíduo não tem motivo para estar nos Estados Unidos, ele está sujeito a remoção pelo Departamento de Segurança Interna”, disse Price. (Reportagem de Humeyra Pamuk e Simon Lewis)
Qual foi de fato a razão desse encontro com neta do Nazista ministro de Hitler
Bolsonaro com Beatrix Von Storch, neta do Nazista ministro de Hitler em encontro fora da agenda oficial Biblioteca Virtual da AntroposofiaCompartilhado porCentral de Jornalismo Como muitos devem saber, o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro fora da agenda com Beatrix von Storch – do partido de extrema-direita alemão AfD. Além dele, também tiveram encontros com ela o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, Bia Kicis, e o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que inclusive citou: “somos unidos por ideais.” Mas que ideais seriam estes? Beatrix von Storch é neta Lutz Graf Schwerin von Krosigk, que serviu como ministro das finanças sob Adolf Hitler e foi o último chefe de governo do Terceiro Reich. Segundo os cientistas políticos e jornalistas alemães, Beatrix von Storch é uma “arquiconservadora” dentro do espectro partidário da AfD. Ela é a força radical para as preocupações conservadoras-cristãs radicais, representa “demandas restaurativas” e é considerada a representante de um modelo de família clássico, um anti-comunismo militante e um patriotismo nacional que luta por uma visão positiva do “Völkisch” – um movimento que incita um “Investimento étnico” (“Umvolkung”, em alemão) que era popular durante a ditadura nacional-socialista (nazismo) – o “Völkisch” evoca uma ideia romântica do nacional, relacionada a um grupo étnico específico. Durante o período do Terceiro Reich, Adolf Hitler e os nazistas impuseram uma definição do “Volk” alemão que excluía os judeus, o povo cigano, as Testemunhas de Jeová, homossexuais e outros “elementos estrangeiros” que viviam na Alemanha. Suas políticas levaram esses “indesejáveis” a serem presos e assassinados em grande número, no que ficou conhecido como Holocausto. (Fonte: Völkisch movement) Ambas as palavras “Völkisch” e “Umvolkung” haviam se tornado tabu até serem resgatadas pelo movimento islamofóbico e pelo partido AfD de Beatrix von Storch, além de outras expressões como “Volksverräter” (traidor do povo) e “Lügenpresse” (imprensa mentirosa) também muito utilizadas durante o regime de Adolf Hitler. Percebam a similaridade com os “traidores da pátria” (aqueles que não são os patriotas apoiadores do governo) e a “extrema imprensa” do Bolsonarismo utilizados contra opositores do governo e em ataques a jornalistas e veículos de informação. Em 2015 Beatrix von Storch declarou ser favorável ao uso de força letal contra refugiados – incluindo mulheres e crianças: “É nosso dever nos defendermos com armas. Atiraremos inclusive em mulheres e crianças” Para Bia Kicis, a foto com a “nova parceira” representa a consolidação de uma aliança: “conservadores do mundo se unindo para defender valores cristãos e a família.” É interessante afirmar que este impulso é completamente oposto ao proposto pela Antroposofia, pois temos grupos dentro da comunidade antroposófica que apoiam o governo e todos seus impulsos, mesmo os que vão contra as próprias indicações e alertas de Rudolf Steiner – apesar de que as próprias declarações em apologia à tortura, morte e ódio aos opositores por parte do atual presidente já demonstrassem isso. Vale pontuar que Rudolf Steiner alertou sobre a ascensão destes movimentos na humanidade e a gravidade de seus efeitos na própria esfera evolutiva humana. O que está potencializando estes impulsos? Não se iludam, estes impulsos são os mesmos que geraram o Holocausto. Porém, mesmo diante de tantos indícios e alertas, muitas pessoas não conseguirão suprimí-los em suas consciências. Quer saber mais? De 2 a 5 de agosto: O QUE ESTÁ ACONTECENDO, DE UMA PERSPECTIVA OCULTA, COM A CONSCIÊNCIA HUMANA? Alienação, egoísmo e perda do sentido humanitário: o caminho para o Reino Sub-Humano – “O desafio de superação das forças de anti-amor e impulsos em direção ao reino sub-humano da atualidade.” por Leonardo Maia
Santy Araújo-A Embaixadora do mundo em São Paulo
A gestora consular Santy Araújo dirige uma das mais eficientes organizações não governamentais de atendimento documental no Brasil. Por Central de Jornalismo10 de novembro de 2022 Atualmente quando se busca uma referência no campo de uma boa assessoria consular, setor exclusi- víssimo de atividade de utilidade pública, logo vem a lembrança o nome de Santy Araújo uma profissional dedicada a prestação desse serviço complexo que exige mais que outro qualquer, confian- ça e lealdade dos profissionais a ele relacionados.A empresária paulista de origem espanhola, no início de carreira atuou na representação consular da Espanha em São Paulo.Hoje, dirige uma organização de assistência consular privada que em quase 20 anos de atividade já atendeu milhares de cidadãos nacionais e estrangeiros nas suas mais diversas necessidades docu- mentais, para se relacionar presen- cialmente com o mundo. GÊNERO DEPRIMEIRA NECESSIDADE Foi durante sua passagem pelo Consulado da Espanha que Santy Araújo descobriu a necessidade que os cidadãos estrangeiros tinham para regularizar sua situa- ção no Brasil tendo em vista que o trabalho de um Consulado não poderia ser individualizado para tratar de detalhes burocráticos de uma única pessoa. Cansada de ver pessoas chegando de fora e terem dificuldade com o idioma e leis brasileiras a empresária deixou a função que exercia na representa- ção da Espanha para fundar a sua própria assessoria consular, organi- zação que atende estrangeiros e brasileiros que buscam seus servi- ços visando regularizar sua situa- ção no Brasil ou no exterior.Para cumprir essa missão a despa- chante internacional conta com uma equipe de aproximadamente 30 profissionais capacitados realizan- do o que ela considera uma atividade de “primeira necessidade” para cidadãos que vem ao Brasil ou que viajam para outras partes do planeta. “Dupla cidadania sem demora” Na União Europeia, com o avanço das relações globais e o advento da duplacidadaniaparacidadãoscom descendência estrangeira Santy Araújo tem em sua estrutura uma área especializada na obtenção de dupla cidadania para brasileiros em geral, principalmente para os descendentes de italianos, espa- nhóis e portugueses.Composta por advogados com especialidade em direito interna- cional, tradutores juramentado, despachantes consulares credencia- dos e correspondentes nesses países, a sua assessoria consular realiza esse trabalho com competência eficiên- cia e rapidez como nenhum outro atendimento é capaz.Por outro lado, a Santy ajuda na obtenção de vistos, passaportes e regularização de indivíduos dentro do previsto pela legislação brasileira. A equipe de especialistas da asses- soria atua ainda na assistência para a regularização de vistos de trabalho e de permanência a cidadãos que chegam ao Brasil pelos mais variados motivos, inclu- sive, como refugiados.Com toda essa expertise atua com grande eficiência e resultado na concessão de vistos e passaportes comunitários da união europeia para brasileiros que viajam ao exterior com a finalidade de moradia, estudo, tratamento se saúde, turismo ou trabalho temporário, intercâmbio cultural ou qualquer para outra atividade em todas as nações do Planeta. Os países mais procurados são os da Europa, Estados Unidos e Canadá, em grande parte para intercâmbio cultural, trabalho e turismo.CREDIBILIDADE E COMPROMISSO:A CHAVE DO SUCESSOAtuando num setor onde a confiança é a chave para o sucesso a Santy consular coleciona ao longo de sua existência prêmios de excelência e o testemunho de dezenas de usuários atendidos que atestam a seriedade, compromisso e credibilidade de suas ações realiza- das de maneira altamente profis- sional, presencial ou remota, em todas as regiões do país ou fora do Brasil nos países para onde vão seus clientes ou de onde seus assistidos estrangeiros. SERVIÇOALGUMAS DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DISPONÍVEIS NO PORTFÓLIO DA ASSESSORIA:• Apostilamento de certidões de nascimento.• Busca e emissão de segunda via de certidões em cartório. • Transcrição de nascimento, casamento e óbito.• Emissão de CNH internacional.• Obtenção de vistos de turismo, trabalho, estudo, tratamentos de saúde. • Obtenção de cidadania estratégica.• Regularização de estrangeiros no Brasil e no exterior.• Retificação de certidões em geral.• Solicitação para emissão de RNE.• Mediação e fechamento de intercâmbio estudantil. CONTATOS :55+(11) 99 8358 1696 Rua Itapura, 8 19 Tatuapé – São Paulo – SP. contato@santyduplacidadania. com. br
Destruição a mando dos EUA
Por Silvio Caccia Bava (Le Monde Diplomatique, março), Sérgio Moro foi uma peça-chave na guerra econômica praticada pelos Estados Unidos contra as empresas brasileiras que competem com as multinacionais norte-americanas. Essa guerra é mundial, não ocorre só no Brasil, e tem abatido empresas europeias e latino-americanas. Por vezes, essa guerra se estende a governos que buscam maior autonomia, tentando escapar do controle do império. Desde 2008, 26 empresas pagaram multas de mais de U$ 100 milhões ao Tesouro norte-americano. As maiores empresas europeias foram as primeiras a ser atacadas por uma potência que se arroga o direito de atuar em qualquer país. Nos últimos vinte anos, empresas alemãs, francesas, italianas, suecas, holandesas, belgas e inglesas foram condenadas por corrupção, crimes bancários ou por não obedecerem às ordens norte-americanas a embargos impostos pelos Estados Unidos. Sobre elas recaíram multas colossais; foram praticamente banidas das concorrências e passaram a ser tuteladas por controladores designados pela justiça norte-americana. É o ataque pela via do Lawfare. O resultado é que muitas delas quebraram e abriram campo para as multinacionais norte-americanas. O governo brasileiro e os demais que foram pressionados pelos Estados Unidos aprovaram em seu território leis de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, que legitimaram a intervenção norte-americana. No Brasil, essa lei foi aprovada pelo Congresso em agosto de 2013 (Lei n. 12.846). É a base legal para o ataque às empreiteiras de obras públicas e à Petrobras; a base legal que foi dar na Lava Jato. Essa lei atende a um pacto internacional firmado pelo Brasil e trata da responsabilização administrativa e civil de empresas com práticas de corrupção contra a administração pública, nacional ou estrangeira. O Lawfare surgiu nos anos 1990 como uma nova modalidade de guerra. Trata-se do uso das leis contra o adversário, considerado inimigo, para causar o maior dano possível, acuá-lo por meio da coerção, deslegitimá-lo perante governos e opinião pública. É uma ação coordenada. Os serviços de inteligência e espionagem norte-americanos – Federal Bureau of Investigation (FBI) e National Security Agency (NSA) – coletam informações sobre as empresas a serem atacadas e seus executivos e as repassam ao Departamento de Justiça norte-americano (DOJ). Com essa munição, o DOJ investiga os principais executivos dessas empresas e, quando é o caso, manda para a prisão alguns deles. Assim, assassina reputações pessoais, impõe multas colossais a essas empresas e as pressiona de muitas maneiras para que assumam a culpa que lhes é atribuída. Em 2014, o governo Obama passou a considerar a lei internacional anticorrupção como um instrumento legítimo de política externa dos Estados Unidos. O Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) é aplicável a todas as empresas que negociem ações nas Bolsas de Valores dos Estados Unidos, sejam elas norte-americanas ou não. O FCPA permite ao governo norte-americano, entre outras coisas, aplicar multas enormes, obrigar empresas a contratar monitor externo, declarar inidônea uma empresa e suspender sua presença nos mercados de valores mobiliários. O ataque à economia brasileira começou a ser preparado em 2007. A embaixada norte-americana investiu em cursos e seminários de formação com o objetivo de criar uma rede de especialistas locais capazes de defender as posições norte-americanas, sem que parecessem ser “peões de Washington”, nas palavras do embaixador Clifford Sobel. A embaixada criou o cargo de assessor jurídico residente e trouxe para o Brasil uma procuradora especializada na luta contra a lavagem de dinheiro e o terrorismo, leia-se: especializada no Lawfare. A partir de 2008, durante dois anos, Karine Moreno-Taxman desenvolveu no Brasil o Projeto Pontes, organizando cursos e seminários para juízes, promotores e autoridades policiais brasileiras para que se apropriassem dos métodos de trabalho e da doutrina jurídica norte-americana (especialmente as delações premiadas). O Projeto Pontes se propunha também a construir métodos informais de relação entre norte-americanos e brasileiros, fora dos tratados judiciários de cooperação bilaterais. Nesse momento, Sérgio Moro, então responsável pelo caso do Banestado, foi convidado a participar de um programa de relacionamento com o Departamento de Estado norte-americano. Em 2007, ele viajou para os Estados Unidos e foi a várias reuniões com o Departamento de Justiça, com o FBI e com o Departamento de Estado. Em 2009, numa conferência anual de policiais federais brasileiros, em Fortaleza, Moro abriu os debates e convidou a assessora jurídica da embaixada norte-americana a falar para quinhentos policiais sobre “a luta contra a impunidade”. Em sua fala, ela apontou duas questões centrais: “Para que o Judiciário possa condenar alguém por corrupção, é necessário que o povo odeie essa pessoa”. E mais: “A empresa deve sentir que realmente abusou de sua posição e exigir sua condenação”. Como se pode observar, não se trata de fazer cumprir a lei, mas de usar a lei como instrumento de coerção. Moro, a partir de então, passou a defender uma linha dura no combate à corrupção, a adoção de delações premiadas, escutas telefônicas, uma maior elasticidade na apresentação de provas e mesmo a instrução de ordens preventivas de prisão. Em 2013, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei anticorrupção, que incluiu a maioria dos mecanismos da lei norte-americana sobre práticas de corrupção no exterior. Pela lei norte-americana, todas as grandes empresas do mundo podem ser alvo de sua atenção. A nova lei brasileira abriu espaço para seu uso como arma de guerra no Lawfare nacional. Nesse mesmo ano, em novembro, o procurador-geral adjunto do DOJ anunciou a viagem ao Brasil do chefe da unidade da luta internacional contra a corrupção para treinar promotores brasileiros. A espionagem da NSA direcionada à presidenta Dilma Rousseff, denunciada em 2013, foi mais um elemento desse cenário. Em 17 de março de 2014, foi formada a Lava Jato, criada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para coordenar a Lava Jato foi designado o procurador Deltan Dallagnol, então com 34 anos. Sérgio Moro integrou a equipe.
Por que os EUA estão tão preocupados com a Ucrânia?
Compartilhado porCentral de Jornalismo24 de fevereiro de 2022 Foto: Fhilippe Desmazes,AFP A Ucrânia é:1º na Europa em reservas comprovadas recuperáveis de minério de urânio;2º lugar na Europa e 10º no mundo em reservas de minério de titânio;2º lugar no mundo em reservas exploradas de minério de manganês (2,3 bilhões de toneladas, ou 12% das reservas mundiais);2ª maior reserva de minério de ferro do mundo (30 bilhões de toneladas);2º lugar na Europa em reservas de minério de mercúrio;3º lugar na Europa (13º lugar no mundo) para reservas de gás de xisto (22 trilhões de metros cúbicos)4º no mundo em valor total de recursos naturais;7º lugar no mundo em reservas de carvão (33,9 bilhões de toneladas)A Ucrânia é um país agrícola:1º na Europa em terras aráveis;1º lugar no mundo nas exportações de girassol e óleo de girassol;2º lugar mundial em produção e 4º lugar em exportação de cevada;3º produtor e 4º exportador de milho do mundo;4º produtor mundial de batata;5º produtor de centeio do mundo;5º lugar no mundo em produção de mel de abelhas (75.000 toneladas);8º lugar no mundo em exportações de trigo;9º lugar no mundo na produção de ovos de galinha;16º lugar no mundo em exportações de queijo.A Ucrânia pode atender às necessidades alimentares de 600 milhões de pessoas.A Ucrânia é um país industrializado:1º na Europa na produção de amônia; 4º maior sistema de gasodutos da Europa no mundo (142,5 mil milhões de metros cúbicos de capacidade de escoamento de gás na UE);3º na Europa e 8º no mundo em capacidade instalada de usinas nucleares;3º lugar na Europa e 11º no mundo em extensão da rede ferroviária (21.700 km);3º lugar no mundo (depois dos Estados Unidos e França) na produção de localizadores e equipamentos de localização;3º exportador de ferro do mundo4º exportador mundial de turbinas para usinas nucleares;4º produtor mundial de lançadores de foguetes;4º lugar no mundo em exportações de argila4º lugar no mundo em exportações de titânio8º lugar no mundo em exportações de minerais e concentrados;9º lugar no mundo em exportações de produtos da indústria de defesa;10º produtor de aço do mundo (32,4 milhões de toneladas). 🇺🇦🇺🇦🇺🇦(Viktoriya Prokopovych) A CRISE DA UCRÂNIA TEM A VER COM A ALEMANHA – “O interesse primordial dos Estados Unidos, sobre os quais durante séculos travamos guerras – a Primeira, a Segunda e a Guerra Fria – tem sido a relação entre a Alemanha e a Rússia, porque unidas ali, elas são a única força que pode nos ameaçar. . E para garantir que isso não aconteça.” George Friedman, CEO da STRATFOR no Conselho de Relações Exteriores de Chicago A crise ucraniana não tem nada a ver com a Ucrânia. É sobre a Alemanha e, em particular, um oleoduto que liga a Alemanha à Rússia chamado Nord Stream 2. Washington vê o oleoduto como uma ameaça à sua primazia na Europa e tentou sabotar o projeto a cada passo. Mesmo assim, o Nord Stream avançou e agora está totalmente operacional e pronto para uso. Assim que os reguladores alemães fornecerem a certificação final, as entregas de gás começarão. Proprietários e empresas alemãs terão uma fonte confiável de energia limpa e barata, enquanto a Rússia verá um aumento significativo em suas receitas de gás. É uma situação ganha-ganha para ambas as partes. O establishment da política externa dos EUA não está feliz com esses desenvolvimentos. Eles não querem que a Alemanha se torne mais dependente do gás russo porque o comércio cria confiança e a confiança leva à expansão do comércio. À medida que as relações se tornam mais calorosas, mais barreiras comerciais são levantadas, regulamentações são amenizadas, viagens e turismo aumentam e uma nova arquitetura de segurança evolui.Em um mundo onde a Alemanha e a Rússia são amigos e parceiros comerciais, não há necessidade de bases militares dos EUA, não há necessidade de armas e sistemas de mísseis caros fabricados nos EUA, e não há necessidade da OTAN. Também não há necessidade de fazer negócios de energia em dólares americanos ou estocar títulos do Tesouro dos EUA para equilibrar as contas. As transações entre parceiros de negócios podem ser realizadas em suas próprias moedas, o que deve precipitar uma queda acentuada no valor do dólar e uma mudança dramática no poder econômico. É por isso que o governo Biden se opõe ao Nord Stream. Não é apenas um pipeline, é uma janela para o futuro; um futuro em que a Europa e a Ásia se aproximam em uma enorme zona de livre comércio que aumenta seu poder e prosperidade mútuos, deixando os EUA do lado de fora olhando para dentro.As relações mais calorosas entre a Alemanha e a Rússia sinalizam o fim da ordem mundial “unipolar” que os EUA supervisionaram nos últimos 75 anos. Uma aliança germano-russa ameaça acelerar o declínio da superpotência que atualmente está se aproximando do abismo. É por isso que Washington está determinado a fazer tudo o que puder para sabotar o Nord Stream e manter a Alemanha dentro de sua órbita. É uma questão de sobrevivência. É aí que a Ucrânia entra em cena. A Ucrânia é a “arma preferida” de Washington para torpedear o Nord Stream e colocar uma barreira entre a Alemanha e a Rússia. A estratégia é extraída da primeira página do Manual de Política Externa dos EUA sob a rubrica: Dividir para reinar. Washington precisa criar a percepção de que a Rússia representa uma ameaça à segurança da Europa. Esse é o objetivo. Eles precisam mostrar que Putin é um agressor sanguinário com um temperamento explosivo em quem não se pode confiar.Para esse fim, a mídia recebeu a tarefa de reiterar repetidamente: “A Rússia está planejando invadir a Ucrânia”. O que não foi dito é que a Rússia não invadiu nenhum país desde a dissolução da União Soviética, e que os EUA invadiram ou derrubaram regimes em mais de 50 países no mesmo período de tempo, e que os EUA mantêm mais de 800 bases militares em países ao redor do mundo. Nada disso é relatado pela mídia, em vez disso, o foco está no
As coisas mudam quando são ditas em inglês
Por Carlos Fernando GalvãoCentral de Jornalismo07 de outubro de 2021 Quando o jogo de xadrez termina, o peão e o rei vão para a mesma caixa. Provérbio Chinês A economia mundial vai de mal a pior; a brasileira não segue caminho diverso. Eis o diagnóstico de um especialista em mercados, proferido há mais de 10 anos, em artigo: “Com o crédito exaurido, os efeitos de décadas de redistribuição de renda e riqueza – do trabalho para o capital, dos salários para os lucros, dos pobres para os ricos, e dos domicílios para as empresas – sobre a demanda agregada se tornam severos, devido à propensão marginalmente inferior a consumir entre as empresas/proprietários de capital/domicílios ricos”. O especialista norte americano em mercados é o economista Nouriel Roubini, conhecido por muitos pela alcunha de “Sr. Catástrofe” porque, mesmo capitalista, como se auto-intitula, sabe recolher indícios e, pelo visto, honestamente, ver os caminhos tenebrosos e equivocados que o sistema capitalista mundial tomou, desde pelo menos meados dos anos 80 para cá, com o processo conhecido por neoliberalismo, do qual, nestes trópicos, vieram, como vêm, várias determinações dos próceres que comandam o que chamamos de Consenso de Washington. Imagine, agora, o(a) leitor(a) se é um brasileiro a falar isso, não digo nem para os estrangeiros, mas para os próprios brasileiros? Exato, seria rapidamente atacado como antiquado, para dizer o mínimo ou, em tempos de fascismo imperante, erroneamente, de comunista (e esse pessoal adora falar sobre coisas que não entende!). Por que não confiamos mais em nós mesmos? Ou será que as coisas são mais verdadeiras por que foram ditas em inglês? Roubini lembra, igualmente, que o diagnóstico acima, por ele trazido, não é exatamente novo, posto que Karl Marx, lá em fins do século XIX, já havia feito este vaticínio, além de eleger, já então, o fenômeno nascente da globalização, muito embora com feições bem diferentes das que hoje conhecemos. como um perigo, posto que, reproduzindo a conclusão marxista, Boubini afirmou que “o capitalismo financeiro descontrolado e a redistribuição de renda e riqueza do trabalho para o capital poderiam conduzir à autodestruição do capitalismo (…) sem regulamentação pode resultar em surtos regulares de excesso de capacidade produtiva, consumo insuficiente e crises destrutivas, alimentadas por bolhas de crédito e ciclos de expansão e contração nos preços dos ativos”. A análise marxista, do século XIX é atualíssima porque Marx foi quem melhor entendeu as bases do sistema capitalista; isso não faz de Roubini, um marxista, apenas mostra sua inteligência em reconhecer a inteligência alheia. E o Brasil? Bem, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior parte das famílias brasileiras conta com o rendimento de 4 a 10 salários mínimos e são tidos, por este nível de renda, como pertencentes à “Classe C”. Pelos cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo nacional deveria ter sido, em julho último, R$ 5.518,79. Este é o salário calculado para que todo brasileiro tivesse o mínimo que a própria Constituição Federal manda. Contudo, qual é nosso salário mínimo oficial? R$1.100,00. Mesmo a renda média salarial dos trabalhadores brasileiros foi de R$ 2.508,00 no trimestre encerrado em julho deste ano; metade do que seria o mínimo legal obrigatório! Sendo a décima economia mundial, somos um país rico, mas de povo pobre; somos um país extremamente injusto. Enquanto isso, autoridades públicas manipulam um orçamento secreto, que deveria ser público, de mais de R$50 bilhões, outras, que comandam nossa economia, têm dinheiro em paraísos fiscais e enriquecem por decisões que elas mesmas tomam, decisões que, no entanto, mantém o Brasil no estado injusto aqui denunciado. Um salário de R$5.518,79 não faz de ninguém, um milionário. Há gente ganhando muito com medidas cambiais, com grilagem de terras, com rachadinhas… mas o que causa inflação e déficit público, para esse pessoal, é a aposentadoria do servidor público e do velhinho do INSS; o que desestabiliza as finanças públicas, para esse pessoal, é o investimento em saúde e em educação pública. Até quando vamos permitir isso? Para além da renda, vida O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado nos anos 1990 para substituir o PIB per capita como medida de qualidade de vida e foi o resultado da união dos índices de renda, educação e saúde dos povos. Se um país vai bem em um desses itens, apenas, a riqueza, por exemplo, o IDH não é bom porque a compreensão é a de que ela, por si só, não beneficiará o povo, em face de outros indicadores o estarem prejudicando, como no caso brasileiro, que é um dos 10 países mais ricos do mundo, dentre os pouco mais de 200 existentes. O povo brasileiro é pouquíssimo atendido em termos de qualidade na educação e na saúde pública, noves fora o SUS ter se mostrado, nesta pandemia, essencial e, acreditem!, um dos maiores programa de saúde do planeta, e isso a despeito dos nossos liberais de araque que desejam destruir o Estado, o próprio SUS… Nossa expectativa de vida, igualmente, tem diminuído e o fará ainda mais, pelo que apontam os médicos e cientistas da saúde, em face das sequelas da covid, que este desgoverno fascista, covarde, corrupto e genocida incentivou, e não apenas pelas questões diretamente ligadas à saúde, senão por indicadores como segurança pública, que não temos, com medidas também pioradas pela incompetência criminosa dos fascistas de plantão, como taxar livros e, em paralelo, liberar a alíquota de importação de armas. A crueldade é tão gritante que até ressuscitaram o lema nazista de Joseph Goebbels (1897-1945) de desprezo à cultura. Goebeels foi o médico que, tal como este governo, em associação com planos de saúde, fazia experiências com humanos ainda vivos e sem seu conhecimento e consentimento; ele dizia assim: “Quando ouço falar em cultura, saco meu revólver”. Esse pessoal têm pesadelos com o filósofo marxista Antônio Gramsci (1891-1937). E seremos, nós também, os antifascistas e pró-vida humana digna, seus pesadelos. Em 2020, ano em que a atual pandemia foi decretada, a