Globo anuncia saída de William Waack

A Rede Globo anunciou na manhã desta sexta-feira a rescisão do contrato com o jornalista William Waack. O desligamento foi anunciado em um comunicado assinado pelo diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel (leia abaixo, na íntegra). Waack comandava o Jornal da Globo e o Painel, na Globo News, e estava afastado desde novembro após acusações de racismo. No dia 8, viralizou nas redes sociais um vídeo gravado minutos antes do apresentador entrar no ar, em uma transmissão em frente à Casa Branca, em Washington. “Tá buzinando por que, seu m… do c…?”, disse, reclamando de uma buzina que soava na rua. Em seguida, ele balbuciou ao convidado, o comentarista Paulo Sotero, que estava ao seu lado: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” E depois continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”. No mesmo dia, a jornalista Renata Lo Prete a substituiu na bancada do Jornal da Globo e abriu o programa anunciando o afastamento. O vídeo foi vazado por um ex-funcionário e um amigo, ambos militantes de causas negras, que alegaram indignação com a frase. O episódio foi bastante ilustrativo sobre o poder das redes sociais na destruição de reputações, como mostrou reportagem de capa de VEJA. COMUNICADO Em relação ao vídeo que circulou na internet a partir do dia 8 de novembro de 2017, William Waack reitera que nem ali nem em nenhum outro momento de sua vida teve o objetivo de protagonizar ofensas raciais. Repudia de forma absoluta o racismo, nunca compactuou com esse sentimento abjeto e sempre lutou por uma sociedade inclusiva e que respeite as diferenças. Pede desculpas a quem se sentiu ofendido, pois todos merecem o seu respeito. A TV GLOBO e o jornalista decidiram que o melhor caminho a seguir é o encerramento consensual do contrato de prestação de serviços que mantinham. A TV GLOBO reafirma seu repúdio ao racismo em todas as suas formas e manifestações. E reitera a excelência profissional de Waack e a imensa contribuição dele ao jornalismo da TV GLOBO e ao brasileiro. E a ele agradece os anos de colaboração. Ali Kamel, diretor de Jornalismo da TV GLOBO William Waack, jornalista e apresentador de programas jornalísticos da TV GLOBO Vídeo: “É coisa de preto!”, diz apresentador nos bastidores do Jornal da Globo (via M de Mulher)

Temer descarta venda do controle da Embraer

Governo brasileiro é pego de surpresa pela informação das negociações O presidente Michel Temer foi informado na tarde desta quinta (21) sobre a intenção da americana Boeing de associar-se à Embraer, provavelmente na área de aviação comercial. Segundo reportagem apurou, ele disse aprovar todo tipo de negociação, exceto que esteja em jogo o controle acionário da empresa brasileira. “No meu governo a Embraer jamais será vendida”, disse em reunião com o ministro Raul Jungmann (Defesa) e o comandante da Força Aérea, brigadeiro Nivaldo Rossato, além de outros auxiliares. Eles haviam recolhido informações sobre o caso após o jornal americano “The Wall Street Journal” publicar que a Embraer poderia ser comprada pela Boeing. O governo brasileiro foi pego de surpresa pela informação. A área militar havia notado uma movimentação de executivos e lobistas ligados aos americanos em reuniões recentes em Brasília, mas não tinha clareza do que estava em curso. Na realidade, a Boeing negocia uma associação, até por saber que o governo brasileiro não autorizaria a venda. O poder de veto do Planalto se deve a uma “golden share”, mecanismo que lhe permite voz em qualquer decisão estratégica da empresa -que foi fundada como estatal em 1969 e acabou privatizada em 1994. De lá para cá, a Embraer saiu do estado de quase falência para assumir o posto de terceiro maior fabricante de aviões do mundo. Parte desse sucesso se deve à associação estratégica com o governo brasileiro. Seu novo cargueiro militar, por exemplo, só existe porque a Força Aérea bancou R$ 5 bilhões de seu desenvolvimento e garantiu uma encomenda de 28 aeronaves. Na quarta (20), o modelo KC-390 recebeu a sua homologação operacional inicial, e deverá ter a primeira unidade entregue à FAB em 2018.   *Com informações da Folhapress.

Em outubro, um homem de 22 anos que fez sexo com uma criança de 11, que engravidou, e ele foi absolvido de estupro A onda de denúncias de violência sexual contra mulheres pelo mundo neste ano deu impulso à pressão de ativistas sobre o debate, na França, de uma lei regulamentando a idade de consentimento -a idade a partir da qual uma pessoa é considerada legalmente apta para consentir o ato sexual. Hoje a idade de consentimento na França é 15 anos, mas vítimas ainda precisam provar que o sexo tenha ocorrido sob “ameaça, violência ou surpresa” para comprovar que houve estupro. O país não tem uma lei que defina que a relação sexual com alguém abaixo de determinada idade seja automaticamente considerado estupro, como Espanha e Reino Unido (16 anos em ambos) e o Brasil. Caso a violência ou coerção não seja provada, o agressor só pode ser acusado de abuso, e não de estupro. A pena nesse caso é de cinco anos de prisão e multa de € 75 mil (R$ 293 mil). O debate se lançou em meio ao #BalanceTonPorc (“delate seu porco”), a versão francesa do #Metoo, o movimento que surgiu nos EUA em reação às múltiplas denúncias contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein. Lançado em redes sociais pela jornalista Sandra Muller, o movimento acabou virando uma plataforma online que ainda hoje recolhe de maneira anônima milhares de depoimentos de vítimas de abusos, agressões e estupros. “Esses movimentos trouxeram à luz o fato de o assédio sexual e o estupro afetarem mulheres de toda idade e todo meio social e profissional. Não são casos isolados, mas um grande problema da sociedade. As mulheres abusadas tomaram consciência de que são vítimas e não a causa do problema”, disse à Folha uma representante do Balance ton Porc. “O que é impressionante é que há um número enorme de mulheres de mais de 60 anos que relatam fatos que remontam às vezes a mais de 40 anos, os quais dizem nunca terem contado a ninguém, e que estão hoje felizes que a palavra enfim se liberte.” Segundo dados do Ministério do Interior francês, 4.207 denúncias de violência sexual foram apresentadas de janeiro a novembro, contra 3.238 no mesmo período de 2016 –uma alta de 30%. Pressionado por movimentos feministas e pela enxurrada de denúncias, o presidente francês, François Macron, fez um pronunciamento no Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, 25 de novembro, em que propôs selar um “pacto de igualdade entre homens e mulheres” e elencou uma série de medidas. “Macron já havia previsto um projeto de lei contra a violência contra as mulheres antes mesmo do Balance ton Port e do Me too. No 25 de novembro ele foi obrigado a consagrar todo um discurso a isso”, afirmou à Folha Suzy Rojtman, porta-voz do Coletivo Nacional pelos Direitos das Mulheres. “Analisamos essas medidas de perto e faltam muitas coisas: tratar de violência no trabalho, proteção às vítimas, prevenção nas escolas. Sobretudo não há orçamento para financiar as medidas. Então não há seriedade.” CANTADA SEXISTA O projeto de consentimento deve ser apresentado para votação pela Assembleia Nacional no início de 2018. O governo ainda estuda que idade fixar –Macron sugere 15 anos; ativistas querem 13. Um incidente particular provocou a retomada do tema. Em outubro, um homem de 22 anos que fez sexo com uma criança de 11, que depois engravidou, foi absolvido da acusação de estupro. “A França está muito atrasada sobre este tema em comparação a outros países ocidentais, o que provoca escândalos como o caso deste homem inocentado pela ausência do que chamamos ‘elementos constitutivos do estupro’”, afirma Rojtman. “Macron então previu integrar um artigo sobre esse ponto em seu projeto de lei. O debate se concentra na idade abaixo da qual não se pode falar de consentimento. Mas essa medida é urgente. As feministas na França lutam desde os anos 1970 contra a violência. Elas tiveram sucesso em obter muitas leis. No entanto, as leis nem sempre são adaptadas ou são mal aplicadas”, diz. “Constatamos que é difícil passar das redes sociais aos movimentos sociais. Esperamos ver mais mulheres protestando nas ruas”, criticou. No fim de novembro, o governo francês anunciou também a criação de um serviço on-line de denúncia de violência sexual no início de 2018. Com isso, as mulheres não precisariam ir a uma delegacia para prestar queixa, em um primeiro momento. A ministra da Igualdade de Gênero da França, Marlène Schiappa, propôs ainda a votação na Assembleia de um projeto de lei que torna uma contravenção a cantada agressiva nas ruas, chamada no texto de “ultraje sexista”. “A sociedade como um todo tem de definir o que vai aceitar ou não”, disse Schiappa ao jornal católico francês “La Croix”. Sobre o que deve exatamente ser considerado assédio, ela respondeu: “Todas sabemos a partir de que momento nos sentimos intimidadas, inseguras ou assediadas nas ruas”.   *Com informações da Folhapress.

Sobrevivente da Chape, Neto voltará aos gramados nesta sexta-feira

O jogador está recuperado do acidente e vai atuar no jogo festivo “Amigos da Abravic” A sexta-feira deste dia 22 de dezembro terá um significado especial para o torcedor da Chapecoense, para a cidade de Chapecó, para todo o universo do futebol e, principalmente, para Helio Hermito Zampier Neto, ou simplesmente: Neto. Após um ano da tragédia da Chapecoense, o zagueiro, que sobreviveu à queda do avião da LaMia, voltará a campo, pela primeira vez, para uma partida de futebol. Foram meses de um intenso processo de recuperação, de dedicação, de persistência e, principalmente, de uma inabalável fé. Agora, Neto voltará a calçar as chuteiras para fazer o que mais ama: jogar futebol. O retorno acontecerá na Arena Condá, durante o jogo beneficente “Amigos da Abravic” – promovido para arrecadar fundos para os familiares das vítimas – que reunirá uma série de nomes emblemáticos do futebol brasileiro e mundial. Não haverá, no entanto, presença e atuação mais marcantes que as de Neto, que entrará em campo numa celebração à vida. Além da participação no amistoso beneficente, Neto está liberado pelo Departamento Médico da Chapecoense e, caso não sinta dor, fará a pré-temporada normalmente junto com o restante do grupo. Com informações da Chapecoense.

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