STF suspende emendas impositivas até que Congresso crie regras de transparência

De acordo com a decisão do ministro Flávio Dino, execução das emendas fica suspensa até que Legislativo e Executivo, em diálogo, regulem novos procedimentos de transparência e rastreabilidade. O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu todas as emendas impositivas apresentadas por deputados federais e senadores ao orçamento da União, até que o Congresso edite novos procedimentos para que a liberação dos recursos observe os requisitos de transparência, rastreabilidade e eficiência. Ficam ressalvados, no entanto, os recursos destinados a obras já iniciadas e em andamento ou a ações para atendimento de calamidade pública formalmente declarada e reconhecida. Emendas impositivas são todas as emendas individuais de transferência especial (PIX), emendas individuais de transferência com finalidade definida e emendas de bancadas. A decisão liminar, que será submetida para referendo do Plenário, foi tomada na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7697, em que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) questiona dispositivos das Emendas Constitucionais (ECs) 86/2015, 100/2019, 105/2019 e 126/2022 que tornaram obrigatória a execução dessas emendas parlamentares. Em análise preliminar do pedido, o ministro considerou incompatível com a Constituição Federal a execução de emendas ao orçamento que não obedeçam a critérios técnicos de eficiência, transparência e rastreabilidade. Dino frisou que as emendas parlamentares impositivas devem ser executadas nos termos e nos limites da ordem jurídica, e não ficar sob a liberdade absoluta do parlamentar autor da emenda. O rito estabelecido com as emendas constitucionais, a seu ver, tira grande parte da liberdade de decisão do Poder Executivo sobre a implementação de políticas públicas e transforma os membros do Poder Legislativo em uma espécie de “co-ordenadores de despesas”. Ainda de acordo com o relator, as alterações na Constituição Federal não podem ir contra cláusulas pétreas, como o princípio da separação de Poderes. O ministro assinalou, ainda, que é dever do Poder Executivo verificar, de modo motivado e transparente, se as emendas estão aptas à execução, conforme requisitos técnicos constantes da Constituição Federal e das normas legais. Leia a íntegra da decisão. (Suélen Pires/AD//CF)

Morre Adílio, vítima de câncer no pâncreas, aos 68 anos

O ex-meio-campista Adílio se eternizou com a camisa 8 do Flamengo onde foi campeão do mundo em 1.981 Morreu, aos 68 anos, o ex-meio-campista Adílio, que se eternizou com a camisa 8 do Flamengo. O ídolo rubro-negro, não resistiu a um câncer no pâncreas, condição que teve piora nos últimos meses e faleceu nesta segunda-feira (5). Ele estava internado no Hospital Rios D’Or. Em março deste ano, Adílio passou por uma cirurgia, por contas de dores na região do tronco, mas o problema de saúde avançou. Ele deixa a esposa Sônia e três filhos: Soni Adílio (36 anos), Adílio Júnior (41) e Bruna (42). Os dois últimos, do primeiro casamento, com Rosemary. Nas redes sociais, o clube publicou uma homenagem ao seu eterno ídolo. “As asas de um moleque sonhador o fizeram superar qualquer muro. Os campos da Gávea construíram amizades angelicais. Seus pés pareciam flutuar com a bola nos pés e foi assim que Adílio conquistou o mundo vestindo o Manto Sagrado. Seu sorriso, sua generosidade e sua bondade encantaram a quem o conheceu”, escreveu o clube. Adílio fez história no Flamengo, sendo um dos nomes principais da geração que conquistou o mundo em 1981. Na trajetória de mais de uma década atuando pelo Rubro-Negro, foram 617 partidas, com 129 gols e 10 títulos. Criado no Flamengo, clube que defendeu por grande parte de sua carreira, Adílio atuou ao lado de Zico e Andrade no período mais vitorioso da história do Rubro-Negro. Com esse time, o Flamengo conquistou suas maiores glórias, incluindo a Copa Libertadores da América e a Copa Intercontinental de 1981, e os Brasileiros de 1980, 1982 e 1983. Outros títulos na carreira de Adílio incluem as Taças Guanabaras de 1978, 1979, 1980, 1981, 1982 e 1984, as Taças Rio de 1983, 1985 e 1986 e os Campeonatos Cariocas (Estadual do Rio de Janeiro a partir de 1979) de 1978, 1979 e 1979 (houve dois torneios estaduais em 1979), 1981 e 1986. Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade, dono de um passe perfeito e adepto a um estilo de jogo clássico.

Evangélicos despertaram para realidade esquecida pelo bolsonarismo

A Voz Trabalhadora/ Central de Jornalismo Uma pesquisa recente do Datafolha divulgada ontem (22) revela uma mudança significativa no apoio dos evangélicos à agenda bolsonarista. A queda no apoio é evidente e sugere uma reavaliação por parte dessa comunidade, que tradicionalmente esteve alinhada com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto em 2022, cerca de 70% dos evangélicos apoiavam Bolsonaro, os números atuais mostram uma queda para 50%. Esse declínio é um indicativo claro de que a base evangélica está repensando seu alinhamento político. Em entrevista exclusiva realizada na Xepa Ativismo, na Nave Coletiva, a vereadora Aava Santiago (PSDB-Goiânia), uma das principais lideranças evangélicas do país, comentou sobre os resultados da pesquisa e os fatores que contribuem para essa mudança de percepção. “A radicalização do bolsonarismo sem atender às demandas reais dos evangélicos levou à desilusão. Os fiéis começam a questionar: “Entregamos tudo a Bolsonaro, e o que ganhamos de volta?”. Isso, combinado com a percepção de um Bolsonaro autocentrado, tem levado à reavaliação do apoio.”, alegou a vereadora.

Níkolas Ferreira despeja emendas em reduto eleitoral de cidade onde seu tio é candidato

A Voz Trabalhadora/ republicado por Central de Jornalismo O Deputado Federal Nikolas Ferreira, do PL mineiro, tem direcionado uma parte significativa de suas emendas parlamentares para a cidade de Nova Serrana, onde seu tio, Enéas Fernandes, também do PL, está em campanha para a prefeitura. De acordo com uma reportagem do Intercept Brasil, Nova Serrana, que conta com pouco mais de 100 mil habitantes, destaca-se como destino de emendas do deputado bolsonarista, recebendo R$ 1 a cada R$ 3 repassados a municípios mineiros. Recentemente, Nikolas anunciou a destinação de duas emendas para a cidade, totalizando R$ 1,5 milhão, destinadas a serviços de saúde e obras de pavimentação. De acordo com dados da plataforma de transparência Siga Brasil, Nikolas Ferreira destinou mais de R$ 8,97 milhões em emendas, sendo que Nova Serrana recebeu 30% dos recursos destinados diretamente a cidades mineiras. Isso equivale a R$ 14,22 por habitante, uma proporção significativamente maior do que a de outras cidades de maior porte, como Uberaba e Juiz de Fora, que receberam menos de R$ 1 por habitante. Nikolas Ferreira e Enéas Fernandes não quiseram comentar o caso quando procurados pelo Intercept.

Petrobras encaminha recompra de refinaria privatizada por Bolsonaro na Bahia

Por A voz dotrabalhador/ republicado por Central de Jornalismo A Petrobras deve anunciar ainda neste ano a recompra total da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, privatizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021. Rebatizada de Refinaria de Mataripe, a fábrica de combustíveis pertence atualmente ao fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos. A venda da antiga Rlam da Petrobras foi fechada em março de 2021. O custo foi de 1,65 bilhão de dólares, cerca de R$ 8,25 bilhões à época. Segundo avaliações do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), porém, a refinaria valia pelo menos o dobro disso. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu publicamente a recompra ainda no ano passado. A Petrobras anunciou em dezembro que recebeu uma proposta oficial para negociação do ativo, a qual passou a ser avaliada. Sob anonimato, fontes da Bahia que acompanham essa discussão disseram ao Brasil de Fato que o caso caminha para um desfecho, que deve ser anunciado entre setembro e outubro. O mais provável é que a Petrobras recompre toda a refinaria, reassumindo completamente o papel que tinha sobre o ativo após um período de transição que deve durar entre seis meses e um ano.

Quaquá está na Europa e PT confirma seu nome para Prefeito de Maricá

Por Gilson Barcellos O deputado federal petista Washington Quaquá continua circulando pela Europa e só deve retornar ao Brasil na próxima terça-feira (23). Quando pisar em solo maricaense, a chapa que encabeça para prefeito da cidade, tendo como vice o presidente regional do partido João Maurício, o Joãozinho, já estará confirmada pela convenção do Partido dos Trabalhadores (PT). A convenção da Federação PT-PV-PCdoB será neste domingo (21), na sede do PT no Centro de Maricá. Segundo a assessoria do deputado, será um evento puramente protocolar para oficializar a chapa. Vão participar apenas Diego Zeidan, presidente do PT municipal;  Drika do PV; e, Alan Novais do PCdoB, presidentes municipais dos dois partidos. Num fato inédito nas convenções partidárias, este encontro não será aberto a imprensa, segundo a assessoria do deputado. As convenções partidárias para definir os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores, além de definir os partidos das coligações majoritárias, serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto.

Entrevista do presidente Lula para correspondentes de agências internacionais de notícias

Fonte: Palácio do Planalto Presidente Lula: Bem, primeiro deixa só situar a nossa entrevista aqui. A primeira coisa que eu queria dizer para vocês aqui, essa entrevista é uma entrevista onde vocês podem fazer a pergunta que vocês quiserem, como vocês quiserem, sobre o que vocês quiserem, porque a única coisa que pode acontecer de diferente é eu não saber responder, e eu falo: eu não sei responder. Eu peço ajuda para vocês.  A outra coisa é que vamos fazer a coisa mais verdadeira que a gente pode fazer. É uma coisa muito séria, porque o povo também está cansado de entrevista chapa branca, entrevista que, sabe, as pessoas só falam o que o governo quer. E para começar essa entrevista, eu queria começar mostrando para vocês o seguinte. Quando eu tomei posse, dia 1º de janeiro de 2023, um dos objetivos que eu tinha era tentar recuperar a imagem e a participação política do Brasil nessa nova geopolítica mundial.  Ver Post O Brasil era um país que tinha importância quando eu deixei a presidência em 2010. Ele teve importância com a Dilma e, depois do impeachment, o Brasil foi perdendo importância de relacionamento no mundo. O Brasil virou quase que um pária mundial. Ninguém queria vir aqui e ninguém queria receber o presidente lá. E eu tinha como missão tentar resgatar essa imagem do Brasil, porque o Brasil pode e tem tamanho, tem população, tem conhecimento tecnológico, científico, tem base intelectual, para ser um protagonista internacional. E a gente só consegue ser protagonista internacional se a gente se respeitar. Porque ninguém respeita quem não se respeita.  Então, eu resolvi tomar a atitude de fazer uma viagem… Vou até só dizer para vocês o seguinte. Entre 2023 e 2024, a primeira viagem que eu fiz foi participando da COP no Egito. Eu ainda não era presidente da República, mas eu fui participar em outubro, novembro, no Egito. Depois, eu fiz reuniões com a Argentina. Com a Argentina, eu fiz uma reunião bilateral, fiz uma multilateral.  Depois, eu fiz multilateral com o Uruguai, bilateral com os Estados Unidos, bilateral com os Emirados Árabes, bilateral com Portugal, bilateral com Espanha, bilateral com o Reino Unido, multilateral do G7 em Hiroshima, bilateral na Itália, bilateral Vaticano, bilateral França, multilateral Mercosul-Argentina, bilateral Colômbia, multilateral Selac, Bélgica e União Europeia, que foi na Bélgica, bilateral Bélgica, bilateral Cabo Verde, bilateral Paraguai, multilateral Brics, na África do Sul, bilateral Angola, multilateral CPLP, São Tomé e Príncipe, multilateral G20, Índia, multilateral G77, Cuba, bilateral com Cuba, multilateral ONU-Estados Unidos, bilateral Arábia Saudita, bilateral Catar, multilateral Emirados Árabes, bilateral Alemanha, bilateral Guiana, multilateral Caricom, multilateral Selac, bilateral Egito, bilateral Etiópia, multilateral União Africana, bilateral Colômbia, multilateral OIT na Suíça, multilateral G7 na Itália, multilateral Mercosul, Paraguai e bilateral Bolívia.  Essa foi a agenda que nós cumprimos em 2023. O dado forte dessa nossa decisão de voltarmos ao mundo é que eu participei de todas as reuniões que envolveram todos os assuntos importantes no mundo. A começar com a reunião entre a União Europeia e a América Latina, na Bélgica, para a gente discutir a questão do acordo entre a América Latina, entre o Mercosul e a União Europeia. Só aí são 33 países da América Latina, são 27 da União Europeia. Depois eu participei da União Africana com 54 presidentes da União Africana e mais alguns convidados. Depois eu participei no Caricom com 15 presidentes dos pequenos países do Caribe. Depois eu participei da Selac com os 33 da América Latina. E depois nós participamos das organizações do G7, do G20 e G77. E acho que nós conseguimos, com essa participação, colocar o Brasil no cenário internacional. Sobretudo, com três temas que nós consideramos extremamente importantes.  O primeiro deles, a luta contra a desigualdade e o combate à fome nesse país. A luta contra a desigualdade, a luta contra o combate à fome, a luta contra a pobreza, é uma luta que não pode ser feita por um país. Ela tem que ser feita pelo conjunto dos países que estão dispostos a assumir essa responsabilidade, eu diria, histórica. A fome não é um fenômeno da natureza. A pobreza é um fenômeno do comportamento humano, ou seja, dos dirigentes políticos. Então, a ideia da gente criar essa coisa importante da aliança global contra a desigualdade, a fome, é a razão principal, o tema principal do G20. Além dessa aliança que nós pretendemos contar com muitos países, nós vamos discutir a questão de mudança governamental na ONU, ou seja, é preciso que a gente tenha uma governança mundial mais ativa, mais altiva, uma instituição multilateral como a ONU, que tenha mais representatividade, que tenha mais países e não apenas os cinco que criaram a ONU e que estão no Conselho de Segurança. E, ao mesmo tempo, nós vamos discutir um outro assunto extremamente importante, que é a questão da transição energética que o planeta tanto necessita, tanto precisa. E além da transição energética, o Brasil tem um potencial extraordinário, que vocês sabem, não só por conta que a gente já tem 90% da nossa energia elétrica renovável, nós temos 50% da matriz energética toda renovável, nós temos etanol há mais de 40 anos, temos biodiesel desde 2023, temos biomato, temos eólica, temos solar, e agora entra o momento de exploração do hidrogênio verde.  Ou seja, tudo isso são perspectivas extraordinárias para os países como o Brasil, para os países da América do Sul, para os países africanos. É uma perspectiva extraordinária, é onde os países pobres têm condições de discutir com os países ricos em igualdade de condições. O que é diferente é que os países ricos não têm a riqueza mineral que nós temos, não têm a riqueza florestal que nós temos, mas eles têm os recursos para ajudar que você possa utilizar essas riquezas que você tem de floresta, de fauna, de água.  Você tem que ter recursos suficientes para você poder manter isso de pé. Uma outra coisa que nós vamos discutir também é a questão da

PT diz que Campos Neto usa BC como ‘bunker para sabotagem econômica’ do País

Publicado primeiro no Estadão Conteúdo Texto aprovado pela cúpula do PT debita os principais problemas enfrentados por Lula na conta de Campos Neto A cúpula do PT aprovou na quinta-feira (18), uma resolução política em que eleva o tom dos ataques ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o PT, Campos Neto usa a autarquia como um “bunker” para sabotar o País. “Cabe ao partido manter a pressão por juros mais baixos até a saída do Banco Central do bolsonarista Roberto Campos Neto, que tem utilizado a autarquia como uma espécie de ‘bunker para a sabotagem econômica’ do país e plataforma de articulação político-partidária”, diz um trecho da resolução do Diretório Nacional do PT, obtida pelo Estadão. O texto aprovado debita os principais problemas enfrentados por Lula na conta de Campos Neto. “Seja pelos relatórios eivados de suspeitas do Boletim Focus sobre as projeções da inflação no país, seja por entrevistas recheadas de ‘dicas’ ao sistema financeiro, ou por convescotes com um político de oposição ao governo, Campos Neto tornou-se o maior entrave ao crescimento do país”, afirma o comando do PT. Sete meses e meio após ter chamado a política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “austericídio fiscal” e condenado a influência “desmedida” do Centrão sobre o governo, desta vez a cúpula do PT teceu elogios ao terceiro mandato de Lula. À época, dezembro de 2023, o presidente manifestou contrariedade com a resolução produzida pelo PT. Apesar de bater o bumbo sobre ações do governo, o PT avisou que não aceitará sem protesto o corte de gastos em saúde e educação. Na quinta-feira, depois que a reunião do PT já havia terminado, Haddad anunciou que, para cumprir o arcabouço fiscal, o governo terá de congelar R$ 15 bilhões em despesas. O anúncio foi feito após reunião com Lula e ministros, no Palácio do Planalto. “No momento em que o governo é pressionado pelo capital financeiro e a mídia corporativa para cortar gastos em cima dos mais pobres, é imperioso que o Partido dos Trabalhadores amplifique a firme defesa dos pisos constitucionais da saúde e da educação, recuperados após a superação do famigerado Teto de Gastos, e da vinculação do salário mínimo para pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC)”, destaca a resolução do PT, finalizada antes da entrevista de Haddad. Ao dar estocadas em Campos Neto, o PT avaliou que “o bolsonarismo está sem discurso” após os desdobramentos de escândalos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família no caso do desvio de joias, revelado pelo Estadão. Os petistas também fizeram questão de lembrar as investigações da Polícia Federal sobre a existência de uma Abin paralela no Planalto para perseguir adversários No mês passado, Campos Neto participou de um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes. O encontro contou com a presença do ex-presidente Michel Temer e do ex-governador João Doria, além de ex-ministros, líderes de partidos de centro-direita e representantes do mercado financeiro, irritando Lula. Pouco antes, naquele mesmo dia, Campos Neto havia sido elogiado por Tarcísio durante cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo em que recebeu o “Colar de Honra ao Mérito Legislativo”, em homenagem aos serviços prestados à frente do Banco Central. Tarcísio pode ser candidato à Presidência em 2026, com apoio de Bolsonaro, que está inelegível até 2030. Lula e dirigentes do PT avaliam que Campos Neto se movimenta, nos bastidores, para favorecer o ex-chefe do Executivo e seus aliados. O presidente do BC nega qualquer vínculo ideológico em sua atuação. No dia 19 de junho, em decisão unânime, o BC decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano, interrompendo um ciclo de sete cortes consecutivos. ‘Não se pode apenas depender do presidente Lula’ No texto que passou pelo crivo do Diretório Nacional, o PT diz, ainda, que “não se pode apenas depender do presidente Lula” para divulgar ações estratégicas do governo e mostrar como os juros elevados interferem na vida da população. Em um parágrafo, os petistas destacam que Lula só obteve melhora na aprovação popular, de acordo com pesquisas, após criticar a “política de arrocho monetário” executada por Campos Neto e denunciar os “efeitos destrutivos” dos juros sobre o poder de compra das famílias. “(…) O governo também deve ampliar o alcance dos seus canais de interlocução com sociedade, envolvendo todos os ministros na divulgação de ações estratégias que precisam chegar à população. Não se pode apenas depender do presidente Lula”, assinala o documento.

Oitavas de final da Copa do Brasil 2024: veja confrontos e mandos de campo

Oitavas de final da Copa do Brasil 2024: veja confrontos e mandos de campo Por Raphael Zarko e Ronald Lincoln Jr. — Rio de Janeiro A CBF definiu em sorteio nesta quinta-feira os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil 2024. Os jogos serão disputados nas semanas de 31 de julho e 7 de agosto. Depois das oitavas de final, a CBF vai realizar um novo sorteio, que definirá os confrontos das quartas de final e o chaveamento até a decisão. Veja os confrontos: Flamengo x Palmeiras* Atlético-GO x Vasco* Athletico-PR x Bragantino* São Paulo x Goiás* CRB x Atlético-MG* Botafogo x Bahia* Corinthians x Grêmio* Juventude x Fluminense** Times que fazem o segundo jogo em casa A presença nas oitavas de final da Copa do Brasil rende R$ 3,465 milhões para cada clube. A classificação para as quartas de final vale mais R$ 4,515 milhões. Veja abaixo os valores por fase. Primeira fase: R$ 1,47 milhão (Série A) R$ 1.312,5 milhão (Série B) e R$ 787,5 mil (demais clubes); Segunda fase: R$ 1,785 milhão (Série A), R$ 1,47 milhão (Série B) e R$ 945 mil (demais clubes); Terceira fase: R$ 2,205 milhões; Oitavas de final: R$ 3,465 milhões; Quartas de final: R$ 4,515 milhões; Semifinais: R$ 9,45 milhões; Vice-campeão: R$ 31,5 milhões; Campeão: R$ 73,5 milhões.

Biden desiste da candidatura

veja quais são os possíveis substitutos do presidente na eleição Com informações do G1 Com a desistência do presidente Joe Biden da corrida presidencial neste domingo (21), a dúvida agora é quem o substituirá na candidatura democrata nas eleições de novembro. A pressão que levou Joe Biden a desistir da corrida presidencial começou após o debate entre Joe Biden e o oponente Donald Trump em junho, que confirmou os temores dos democratas sobre o desempenho do presidente. Durante a disputa contra Trump, Biden foi hesitante e demonstrou confusão em alguns momentos —foi uma atuação catastrófica, segundo especialistas. Biden venceu as prévias democratas sem concorrência no início do ano, porém com sua desistência os delegados conquistados por ele terão que ser designados ao novo candidato. É provável que os democratas decidam na chapa que vai concorrer contra Donald Trump e a questão dos delegados durante a Convenção Nacional Democrata de 2024 em Chicago, entre 19 e 22 de agosto. O processo para a escolha de um novo candidato no lugar de Biden, no entanto, não é fácil. Uma troca dessas nunca aconteceu antes no partido democrata, envolve questões dos delegados conquistados na primárias e principalmente o presidente teria que desistir por conta própria da disputa — nesta sexta (28), ele reiterou que “eu pretendo vencer esta eleição”. Veja quais são os nomes cotados para assumir o posto se Biden decidir deixar a disputa: Kamala Harris Atual vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris não se torna automaticamente a candidata democrata para 2024 se Biden decidir renunciar à presidência. No entanto, a escolha por Harris é a mais óbvia até o momento. A democrata poderia ser favorecida por já estar no governo atual e na chapa democrata, o que pode ser visto como uma continuidade natural do mandato de Biden. Sua atuação durante o governo, no entanto, é alvo de críticas por pouco destaque de atuação, além de ter uma popularidade relativamente baixa entre o público americano. Mesmo se Harris conseguir a nomeação do partido, ela ainda precisaria de um candidato próprio à vice-presidência, o que poderia gerar ainda uma luta entre as futuras estrelas do partido para compor a chapa dela. Se eleita, Kamala Harris seria a primeira mulher a assumir a presidência dos EUA. Gavin Newsom O governador da Califórnia, estado mais rico dos EUA, é um dos principais nomes cotados a substituir Biden na campanha democrata. No ano passado, Newsom, de 56 anos, ganhou destaque após um debate televisionado com o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, que chegou a ser considerado uma prévia de um confronto presidencial do futuro à época. A demonstração de apoio do governador a democratas em eleições fora de seu estado também foi interpretada como uma campanha paralela na Casa Branca. Newsom, no entanto, rejeitou as preocupações sobre a candidatura de Biden após o desempenho duramente criticado no debate contra o ex-presidente Trump e afirmou que “não vai trair o presidente dos EUA”. Gretchen Whitmer Atual governadora do estado do Michigan, Gretchen Whitmer, de 52 anos, já passou pela Câmara dos Representantes e pelo Senado de Michigan, antes de assumir a liderança do estado desde 2019. O estado é considerado um “Swing State”, ou seja, tem possibilidade de pender para o lado republicano ou democrata na votação de novembro. Whitmer também estava na lista de candidatos para ser vice-presidente de Biden na eleição em 2020 e conseguiu um bom desempenho na votação do Partido Democrata, o que é atribuído ao desempenho da governadora no Michigan. J. B. Pritzker Também governador, desta vez do estado de Illinois, J. B. Pritzker tem ganhado destaque durante o mandato, o que pode chamar a atenção dos democratas na escolha de um substituto. O político de 59 anos pode usar como vantagem a regulamentação do direito ao aborto que realizou no estado. O estado já investiu mais de US$ 23 milhões na expansão do acesso ao procedimento e à saúde reprodutiva desde 2022. O estado teve um aumento expressivo no número de mulheres que viajaram para Illinois à procura do procedimento após a reversão histórica do caso “Roe vs. Wade” pela Suprema Corte americana em 2022, que retirou o direito nacional ao aborto nos EUA. Pritzker já declarou que o estado é um “santuário” para as mulheres que procuram a interrupção da gravidez, além de ser incisivo em temas como controle de armas e na legalização da maconha para uso recreativo. Dean Phillips Dean Phillips, de 55 anos, é deputado pelo estado de Minnesota. Phillips foi candidato durante as primárias democratas no início do ano, mas não teve um bom desempenho na disputa. Na ocasião, Phillips afirmou que “Biden era um bom homem, mas não seria capaz de derrotar o ex-presidente Donald Trump numa disputa eleitoral geral”. O democrata preferiu manter silêncio em meio a chuva de críticas dos democratas sobre o debate. Antes de entrar na política, Phillips teve uma carreira de sucesso nos negócios: foi presidente e CEO da empresa de bebidas de sua família, Phillips Distilling Company, e mais também já atuou como co-proprietário e CEO da Talenti Gelato, que foi vendida em 2014. Sherrod Brown O senador de Ohio, Sherrod Brown, tem destaque na defesa de pautas que envolvem os direitos e proteções trabalhistas, e já se posicionou em defesa da fertilização in vitro e do direito ao aborto. Com 71 anos, Brown seria o homem mais velho dentre as escolhas dos democratas. Mesmo assim, ainda teria 7 anos a menos que o republicano Donald Trump.

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