Por Kleber Moraes
Central de Jornalismo
11 de fevereiro de 2021
Bolsonaro deixa Mourão de fora de uma reunião ministerial após diálogo do assessor do Vice-Presidente com funcionário da Câmara dos Deputados, onde se levantava a possibilidade de um ‘impeachment’ do Presidente.
Pelo jeito a relação segue ‘azedada’ e com aval dos filhos do presidente que nunca morreram de amores por Mourão e não o acha
confiável.
Na esplanada os ministros Hernesto Araújo e Ricardo Salles comemoram o afastamento de Bolsonaro do seu Vice, já que são os principais detratores do General você presidente.
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Ernesto Araújo e Ricardo Salles se divertem com desgraça de Mourão
Publicado em 09/02/2021 – 16:41 Vicente NunesEconomia
Se tem uma dupla feliz com a desgraça vivida pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, dentro do governo, ela é formada pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Os dois são os principais detratores de Mourão na Esplanada dos Ministérios e trabalharam pesado para afastar o presidente Jair Bolsonaro do vice. Tudo, é claro, com a força dos filhos do chefe do executivo, que detestam o general.
Ernesto tem certeza de que Mourão quer vê-lo fora do governo. O general disse que, em uma reforma ministerial, o chefe do Itamaraty seria demitido. Em defesa de Ernesto, Bolsonaro chamou o vice de “palpiteiro”.
Salles, por sua vez, atribui a Mourão parte dos ataques recebe. O ministro acredita que assessores do general abastecem os detratores da política ambiental do governo. Acredita, ainda, que o vice lhe tirou parte dos poderes.
Agora, dizem integrantes do Planalto, Ernesto e Salles estão tripudiando em cima de Mourão. Conseguiram o que queriam, ou seja, afastar o vice de todas as decisões do governo ao alimentarem, sobretudo, que o general não é confiável.
Nesta terça-feira (09/02), Bolsonaro deixou Mourão de fora de uma reunião ministerial. Como não quer passar recibo, Mourão diz que não está incomodando com a forma que vem sendo tratado.
A gota d´água para o rompimento do presidente com o vice foi um diálogo entre um assessor do general com um funcionário da Câmara dos Deputado no qual se levanta a possibilidade de impeachment de Bolsonaro.
Depois disso, o presidente enterrou qualquer possibilidade de diálogo com Mourão. Quem acompanha o dia a dia do governo, não acredita na reconstrução de uma ponte entre eles. Não tão cedo.