A PF (Polícia Federal) cumpriu na manhã de hoje (25) mandados de busca e apreensão, determinados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
O que aconteceu
Mandados foram cumpridos na casa do deputado e no imóvel funcional dele em Brasília. As buscas foram determinadas pelo ministro Moraes, após pedido da PF e manifestação favorável da PGR (Procuradoria-geral da República).
Gayer diz que sofre perseguição eleitoral e chama PF de “jagunços” de Moraes. O parlamentar declarou que a operação é uma perseguição política dois dias antes das eleições — ele apoia o candidato a prefeito em Goiânia Fred Rodrigues (PL).
PF apreendeu R$ 70 mil em dinheiro vivo com assessor de Gayer. Ao todo, a corporação cumpriu 19 mandados de busca em Brasília e em mais quatro cidades de Goiás: Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia.
Data da operação, a dois dias das eleições municipais, foi definida pela Polícia Federal. De acordo com fontes que acompanham o caso, a PF que escolheu o dia para deflagrar a operação, após a autorização dada pelo ministro Moraes.
O que a PF investiga
Operação mira associação criminosa suspeita de desvios de dinheiro de cota parlamentar. Conhecida também como verba indenizatória, essa cota serve para os deputados usarem para atividades e gastos relacionados ao mandato, como passagens aéreas, aluguel de carros, combustível e alimentação, por exemplo.
Grupo teria usado documentos falsos para desviar verbas. Segundo as investigações da PF, a associação criminosa usou documentos falsos para a criação de uma OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público) e tinha o objetivo de beneficiá-la com recursos da cota parlamentar de Gayer.
Quadro social da organização seria formado por crianças de um a nove anos. Segundo a PF, a operação de hoje recebeu o nome de “Discalculia”, um transtorno de aprendizagem relacionado a números, “porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa (ano de 2003)”.
Os crimes investigados pela PF são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato.
Fontes: G1 e UOL