DF amplia malha cicloviária e chega a 687 quilômetros de pistas

Desde 2019, foram construídos 220,52 km; capital tem o segundo maior conjunto de vias para ciclistas no país. GDF trabalha para interligar trechos e aumentar a mobilidade da população

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Em dezembro de 2018, eram 466,6 km de ciclovias e ciclofaixas. A cidade brasileira com a maior quantidade de ciclovias é São Paulo, com 731,2 km de malha cicloviária.

“Queremos lançar um grande programa cicloviário. Nesses 289 km estão previstas as interligações, dando maior efetividade no percurso dos ciclistas. Assim, conseguimos interligar essa malha, dando muito mais mobilidade e tornando atrativa a travessia por ciclovias”

Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade

Responsável por cuidar da política cicloviária no DF, a Secretaria de Transporte e Mobilidade prepara, para o segundo semestre, uma licitação que 26 km de novos trechos de ciclovia. “São 11 km em Samambaia Norte, 3,3 km em Planaltina, 550 metros em um trecho próximo ao UniCeub, na Asa Norte, mais 2 km nos arredores do Autódromo de Brasília, além de um trecho de quase 2 km na Octogonal e mais 5,8 km num trecho entre Samambaia”, detalha o secretário da pasta, Zeno Gonçalves.

Desde 2019, o GDF construiu 220,52 km de ciclovias e investiu R$ 27 milhões. Uma das missões é interligar as pistas já executadas. Aumentar a extensão também é um desafio. Para dar maior funcionalidade à malha, a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF (SODF) assumiu essa missão de interligar os trajetos, em parceria com a Semob.

Entre as missões na construção de novos 26 km de ciclovias no segundo semestre está interligar as pistas já executadas

“A Secretaria de Obras nos pediu todos os traçados e projeções para a construção de novas ciclovias, totalizando 289 km de trechos que serão construídos. Queremos lançar um grande programa cicloviário. Nesses 289 km estão previstas as interligações, dando maior efetividade no percurso dos ciclistas. Assim, conseguimos interligar essa malha, dando muito mais mobilidade e tornando atrativa a travessia por ciclovias”, acrescenta Zeno Gonçalves.

Atualmente, a legislação estabelece que todos os projetos de construção, ampliação ou adequação de vias públicas, trechos urbanos das rodovias e estradas em fase de construção executadas pelo governo devem incluir ciclovias, ciclofaixas e infraestrutura cicloviária. No Corredor Eixo Oeste, por exemplo, o projeto prevê a implantação de ciclovias em todo o trajeto do Sol Nascente ao Eixo Monumental e ao Terminal Asa Sul.

Comunidade enaltece ciclovias

O aposentado Anilson Dalapícola, 70 anos, aproveita a ciclovia recentemente inaugurada no Núcleo Bandeirante para deixar o carro na garagem e se exercitar de bike. “Sempre que preciso comprar alguma coisa no comércio venho de bicicleta, até para praticar um exercício a mais no dia. A construção desta ciclovia foi muito boa, depois que colocaram o asfalto ficou excelente”, avaliou.

O microempreendedor e morador da Candangolândia Edmilson de Jesus, 39, também usa a ciclovia. Para ele, andar de bicicleta é um hobby nos dias em que está de folga. “É uma alternativa de lazer que estava precisando por aqui. Uso sempre aos fins de semana e também hoje, que não estou trabalhando. Costumo fazer o percurso do Núcleo Bandeirante até o Park Way umas três ou quatro vezes por semana”, compartilhou.

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