Efeito Lula: desemprego cai a 6,6% na média de 2024, menor patamar da história

O Brasil encerrou 2024 com a menor taxa média de desemprego desde o início da série histórica, em 2012. O índice caiu de 7,8% para 6,6%, refletindo um recorde no número de pessoas empregadas, tanto no setor formal quanto no trabalho por conta própria. O rendimento médio também atingiu o maior patamar já registrado, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE.

No último trimestre do ano, a taxa de desemprego foi de 6,2%, a menor já observada para o período desde 2012. Esse resultado estava dentro das projeções do mercado, que estimavam um recuo para 6% no quarto trimestre. Em um ano, 1,1 milhão de pessoas deixaram de procurar emprego, reduzindo o número de desocupados para o menor nível desde 2014, quando havia 7 milhões nessa condição.

Recordes no mercado de trabalho

Com a queda do desemprego, 2,7 milhões de pessoas ingressaram no mercado de trabalho em 2024, elevando o total de ocupados para um recorde de 103,3 milhões, um crescimento de 2,6% em relação a 2023. Esse contingente representa 58,6% da população com 14 anos ou mais, o maior nível da série histórica.

O emprego formal também atingiu seu maior nível, com 38,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada, um avanço de 2,7% no ano. Já o emprego sem carteira no setor privado cresceu 6%, chegando a 14,2 milhões. Por outro lado, o número de trabalhadores domésticos recuou 1,5%, totalizando 6 milhões de pessoas.

Entre os setores que mais geraram empregos, o comércio liderou, com a contratação de 733 mil profissionais. Em seguida, vieram a administração pública (524 mil), transporte e armazenagem (429 mil), construção (406 mil) e indústria (340 mil). Todos os segmentos apresentaram expansão, com destaque para o comércio, transporte, administração pública, informação e comunicação, que atingiram recordes históricos de ocupação.

No quarto trimestre, setores como construção (333 mil), transporte e armazenagem (283 mil) e alojamento e alimentação (214 mil) impulsionaram o aumento da ocupação. No entanto, a taxa de desemprego se manteve estável em relação aos três meses anteriores, ficando em 6,4%.

Renda e massa salarial em alta

O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.225 em 2024, o maior já registrado na série histórica do IBGE, superando o valor de 2014 (R$ 3.120). O crescimento foi de 3,7% em relação a 2023, beneficiando tanto trabalhadores formais quanto informais.

Já a massa de rendimento alcançou R$ 328,9 bilhões, um aumento de 6,5% (R$ 20,1 bilhões a mais do que em 2023), estabelecendo um novo recorde.

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