IBANEIS QUEBRA A SINA DE EX-GOVERNADORES E CONCLUI OBRAS INACABADAS

Fonte: Política 61

Enfim, vamos beber água de Corumbá IV

O Lago Corumbá, que fica em Luziânia (GO), tem 173 quilômetros quadrados. O reservatório é cinco vezes maior que o Lago Paranoá e tem capacidade de abastecer 2,5 milhões de pessoas com água potável. Desde 2006 a usina hidrelétrica instalada ali gera 126 megawatts de energia, mas o Distrito Federal ainda não consumiu um litro de água sequer. E nesse meio tempo, enfrentamos dois grandes racionamentos sem que os governos se empenhassem para receber o abastecimento, apesar das promessas.

Cinco décadas tranquilas

A espera chegou ao fim. Dia 6 de abril o governador Ibaneis Rocha vai finalmente inaugurar a ligação e resolver o problema de abastecimento de água por pelo menos 50 anos, segundo os cálculos da Caesb. A água será tratada numa estação que a Caesb construiu em Valparaiso (GO) e encaminhada para Santa Maria, onde será distribuída pelo DF, em especial na região Sul.

Uma nova tradição

Ibaneis Rocha vem rompendo com uma antiga tradição de governantes que não concluem as obras deixadas paradas. A ligação de Corumbá IV exigiu vultosos recursos para ser concluída: o GDF aplicou R$ 311 milhões na atual gestão. Corumbá se junta ao Complexo Viário Joaquim Roriz, na Saída Norte, ao Museu de Arte de Brasília, e o viaduto do Eixão Sul que estava no chão, entre outras obras, que Rollemberg deixou por acabar.

Declaração padrão

A coluna não conseguiu contato com o ex-governador, mas certamente ele vai repetir que a obra estava quase pronta. Então tá.

Política no caminho das UPAS

O senador Izalci (PSDB) já disse que se um dia for governador vai acabar com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), mas não explica o que vai fazer com a saúde pública. O governador Ibaneis Rocha já fez seu mea culpa quando decidiu manter o instituto – segundo ele, a falta de transparência do governo Rollemberg o induziu ao erro de considerar o IgesDF dispensável. Ao contrário, ele fortaleceu o modelo.

Canoa furada

É uma estrutura que incomoda a alguns políticos que ainda sonham com governos inchados de servidores e com agilidade paquidérmica, como o eterno candidato derrotado e presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, que há anos trocou o jaleco pelos ternos bem cortados do sindicalismo partidário. Izalci está na mesma canoa furada.

Metade da população

Talvez mudem de ideia ao saber que só nas UPAs, entre janeiro de 2019 e 20 de março de 2022, foram atendidos 1.537.355 pacientes, ou seja, praticamente a metade da população do DF. Quando Ibaneis Rocha assumiu o DF contava com seis Unidades de Pronto Atendimento, mas que prestavam mal atendimento porque as equipes estavam incompletas, o que impedia que o GDF recebesse até mesmo o repasse financeiros do Ministério da Saúde.

Reforço no atendimento

Todas as UPAS foram reformadas, reequipadas e ocupadas pela equipe recomendada pelo Ministério da Saúde. Além disso, o GDF construiu mais sete UPAS, prometendo fazer mais duas ainda este ano – uma no Guará, outra na cidade Estrutural.

Ceilândia no topo do ranking

As seis UPAs reformadas responderam pelo atendimento de 1.414.963 pacientes, enquanto as novas sete UPAs (cinco inauguradas em 2021 e duas em 2022) atenderam 122.392. As duas UPAs de Ceilândia são as campeãs de atendimento. Subiram ao topo do ranking com 284.008 pacientes atendidos, mais do que toda a população de Samambaia.

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