Por Kleber Moraes
“Estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável”
É o que afirma a Polícia Federal por meio das investigações, com fartas provas, de um plano dos militares golpistas do baixo clero do exército brasileiro e de um policial federal(5 deles já estão presos) para assassinar o Presidente e Vice-Presidente eleitos e o Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Detalhes de um planejamento golpista com características terroristas: granadas, fuzis, metralhadoras, em uma “campana” onde estavam os denominados “Kids Pretos” a bordo de um carro para assassinar Alexandre de Moraes em sua própria residência, e que só não aconteceu porque o ministro saiu mais cedo do STF na data informada pela PF e os criminosos receberam a ordem de abortar a missão. Fica a pergunta “quem deu a ordem para abortar?”. O Coronel Mauro Cid em depoimento ao STF no último dia 21, confirmou que Bolsonaro sabia de tudo e que o a trama foi combinada dentro da casa do General Braga Netto, confirmado também pela Polícia Federal.
A ousadia não para por aí! Essa caterva, outrora parida e adestrada em suas casernas, onde passaram décadas sendo financiada pelo estado por meio de seus salários e cursos de aperfeiçoamentos para prestar serviços à pátria, usa agora tudo o que aprenderam para planejar e assassinar um presidente eleito com “veneno”, isso mesmo, envenenar o presidente Lula, de forma covarde e vil. Mas não é de se espantar, pois os militares do golpe de 1964, torturaram assassinaram e sumiram com pessoas durante a ditadura no regime militar, como Rubens Paiva que nunca mais voltou para sua família. Com raras exceções como a do Ministro da Guerra, o General Lott em 1955, realizando uma rápida intervenção que interrompe um golpe em andamento que visava impedir a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek (PSD), e do vice, João Goulart (PTB) e assim acontecendo também em 2022, quando Bolsonaro e sua gang de generais golpistas tentaram dar o Golpe e a cúpula das forças armadas liderada por militares garantistas como o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica, que relataram terem se posicionado contra à possibilidade de ruptura democrática e disseram não ao presidente golpista, não embarcando nesse crime, que hoje é estampado em todos os veículos de comunicação do mundo inteiro, graças ao grande trabalho da verdadeira Polícia Federal do Brasil, numa investigação minuciosa que dá nome aos bois criminosos que atentaram contra a constituição. São 37 indiciados, dos quais 25 são militares. Na lista, divulgada nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal, estão generais do Exército e um almirante da Marinha.
Segue abaixo a lista dosmilitares traidores da pátria para que ninguém se esqueça de que um dia essa caterva atentou contra nossa democracia e nossa constituição no maior escândalo de um atentado de golpe de estado em pleno 2022, aliás, 22 é o número do partido de Valdemar Costa Neto que também está nesse emaranhado dos indiciados pela PF. Outro Netto também está na lista, o General Braga Netto, onde aparece liderando, em reunião em sua própria residência, esse atentado contra as vidas dos líderes da nossa nação. Porém “Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes e Marcelo Rubens Paiva AINDA ESTÃO AQUI!”
*Segue a lista dos 25 militares indiciados:
1) Ailton Gonçalves Moraes Barros:
Ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022 e major reformado do Exército. Durante a campanha eleitoral de 2022, Barros se intitulava como o “01 de Jair Messias Bolsonaro”. Foi preso na operação que apurava as fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente.
2) Alexandre Castilho Bittencourt:
É graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e comandou o 6° Batalhão de Polícia do Exército até fevereiro de 2022. O coronel da ativa foi um dos militares que assinou carta que pressionava o comandante da Força em 2022 a realizar um golpe de Estado.
3) Almir Garnier:
Almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro. Foi um dos signatários da nota em defesa dos acampamentos em frente a quarteis do Exército depois da derrota de Bolsonaro nas eleições. Foi citado na delação premiada de Mauro Cid como tendo disposição para participar de um golpe de Estado.
4) Anderson Lima de Moura:
Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e coronel da ativa. Assim como Alexandre Castilho Bittencourt, também foi um dos autores da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, que pedia por um golpe de Estado.
5) Angelo Martins Denicoli:
major da reserva do Exército. Durante o governo Bolsonaro, foi nomeado diretor de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS), quando publicou informações falsas sobre o uso do medicamento hidroxicloroquina para o tratamento de Covid-19. Foi alvo da operação Tempus Veritatis, que apurava uma suposta tentativa de golpe por parte de Bolsonaro e de seus aliados.
6) Augusto Heleno:
O general da reserva de 77 anos foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro. Foi capitão do Exército brasileiro durante a ditadura militar e já defendeu o golpe de 1964 publicamente. O grupo que organizava uma trama golpista pretendia criar um “gabinete de gestão de crise” comandado por Heleno.
7) Corrêa Netto:
Coronel preso na operação Tempus Veritatis, da PF. É acusado de integrar um grupo que incitava militares a aderirem a um plano de intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Obteve liberdade provisória depois de depor sobre um suposto plano de golpe de Estado e colaborar com a investigação.
8) Carlos Giovani Delevati Pasini:
Coronel da reserva. Também foi um dos militares responsável pela carta enviada ao comandante do Exército no final de 2022 que pedia por um golpe de Estado.
9) Cleverson Ney:
Coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres. Também foi alvo da operação Tempus Veritatis.
10) Estevam Theophilo:
General e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres. Também cabia a ele o comando do Comando de Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”. O grupo foi alvo de uma nova operação da PF por um plano golpista que pretendia matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O general foi alvo da operação Tempus Veritatis. É suspeito de oferecer tropas a Bolsonaro em apoio a um golpe de Estado.
11) Fabrício Moreira de Bastos:
Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras. É coronel e foi adido do Exército em Tel Aviv, capital de Israel.
12) Giancarlo Gomes Rodrigues:
Subtenente do Exército. Foi alvo da operação da PF que investigou o caso da “Abin paralela”. É suspeito de ter monitorado o advogado Roberto Bertholdo sem autorização judicial. Bertholdo seria próximo de Rodrigo Maia e Joice Hasselmann, adversários de Bolsonaro.
13) Guilherme Marques de Almeida:
O tenente-coronel comandou o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO). Foi alvo da operação Tempus Veritatis. Ficou conhecido depois de desmaiar e ter que ser socorrido depois de os agentes da Polícia Federal baterem à sua porta.
14) Hélio Ferreira Lima:
Tenente-coronel da ativa do Exército. Ele foi exonerado do cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, em fevereiro de 2024, após ter sido alvo de uma operação da PF que apurou reuniões de teor golpista entre militares após a derrota de Bolsonaro na eleição.
15) Jair Messias Bolsonaro:
Ex-presidente da República e militar da reserva do Exército, segundo apuração da CNN, o ex-chefe do Executivo tinha “pleno conhecimento” do plano golpista de matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
16) Láercio Vergílio:
Coronel reformado do Exército, com posto de general-de-brigada. Foi um dos alvos da operação “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal.
17) Marcelo Costa Câmara:
Coronel do Exército. Exerceu o cargo de assessor especial da Presidência da República, no gabinete pessoal de Jair Bolsonaro.
18) Mário Fernandes:
É general da reserva do Exército. Foi chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência. Ele foi preso preventivamente na terça-feira (19), suspeito de arquitetar a morte do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Até março deste ano, Freire estava lotado como assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
19) Mauro Cesar Barbosa Cid:
É tenente-coronel do Exército. Foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
20) Nilton Diniz Rodrigues:
É general do Exército. Atualmente comanda a 2ª Brigada de Infantaria de Selva, no município de São Gabriel da Cachoeira, região do alto Rio Negro. Na época da suposta tentativa de golpe, era o comandante do 1º Batalhão de Forças Especiais e do Comando de Operações Especiais, unidades militares localizadas em Goiânia (GO).
21) Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira:
É general da reserva. Comandou o Exército e foi ministro da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro.
22) Rafael Martins de Oliveira:
Tenente-coronel da ativa do Exército, ele era conhecido como “Joe” e também fazia parte do grupo de “kids pretos”, após as eleições de 2022. Ele é investigado por ter pedido orientações quanto aos locais para realização das manifestações após a vitória de Lula..
23) Ronald Ferreira de Araújo Junior:
Também tenente-coronel do Exército é acusado de participar de discussões sobre minuta golpista
24) Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros:
É tenente-coronel do Exército. Segundo a PF, ele integrava o ‘núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral’.
25) Walter Souza Braga Netto:
É general da reserva do Exército. Foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, de quem foi candidato a vice-presidente nas últimas eleições.