Morre Preta Gil, cantora e ativista, aos 50 anos

A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais marcantes nesta semana. A cantora, atriz e empresária Preta Gil faleceu aos 50 anos, deixando um legado de irreverência, coragem e representatividade. Filha do cantor Gilberto Gil, Preta enfrentava um câncer colorretal desde 2023, doença contra a qual lutou com força e transparência, tornando seu processo de tratamento público e inspirando milhares de pessoas.

Ao longo de mais de duas décadas de carreira, Preta construiu uma trajetória artística que misturou música, humor e engajamento social. Foi pioneira na defesa da liberdade do corpo feminino, do amor sem rótulos e da valorização da mulher negra na mídia. Seu bloco de Carnaval, “Bloco da Preta”, se tornou um dos mais populares do Rio de Janeiro, celebrando a diversidade e a alegria com milhares de foliões.

Nas redes sociais e na vida pública, Preta nunca se esquivou dos debates. Enfrentou preconceitos, falou sobre gordofobia, racismo, machismo e usou sua visibilidade para abrir caminhos. “Sou filha de uma geração que resistiu, e sigo resistindo com amor e alegria”, disse certa vez.

A artista estava internada em uma clínica no Rio de Janeiro, ao lado da família e de amigos próximos. A notícia de sua morte gerou comoção nacional. Personalidades do mundo da música, da política e da cultura prestaram homenagens à cantora, lembrando sua generosidade, energia e compromisso com a justiça social.

Preta Gil deixa um filho, Francisco, além de um público fiel e um país inteiro que aprendeu com sua voz — não apenas nos palcos, mas também na vida.

O velório será aberto ao público, em local e horário a serem confirmados pela família. A despedida promete ser, como ela gostava: cheia de música, afeto e luz.

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