O Brasil não é mais o país do futebol.

Por Laurez Cerqueira
Central de Jornalismo

O jeito brasileiro de jogar foi suplantado pela técnica, que tudo mecaniza, repete como máquina.

Os campos de várzea deram lugar às quadras e às escolinhas. Nada contra.

O futebol arte desapareceu junto com a identidade cultural em campo.

Restaram apenas as cores dos uniformes, as bandeiras e os hinos sisudos, patriotados.

Até as dancinhas para comemorar gols foram reprovadas pela imprensa esportiva europeia, consideradas desrespeitosas aos adversários.

A formação dos jogadores é igual em qualquer canto do mundo. Tudo igual!

Quantas disputas nos pênaltis e quatos goleiros fazendo defesas espetaculares! Essa copa é dos goleiros.

A África desponta com um futebol bonito, com lampejos de ginga que a bola pede. Um tico de identidade ainda resiste aos mecanismos técnico.

A copa do futebol empresarial vai nos levar à copa de jogadores robôs.

Chegou a inteligência artificial e os magnatas da bola estão a postos.

Recorro a Caetano Veloso para me salvar da indigestão do conflito.

“Alguma coisa acontece no meu coração”

Enfim, é “… a força da grana que ergue e destrói coisas belas…”

http://laurezcerqueira.com.br/4629/copa-do-futebol-empresarial.html

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