Bolsonaro com Beatrix Von Storch, neta do Nazista ministro de Hitler em encontro fora da agenda oficial
Biblioteca Virtual da Antroposofia
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Central de Jornalismo
Como muitos devem saber, o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro fora da agenda com Beatrix von Storch – do partido de extrema-direita alemão AfD. Além dele, também tiveram encontros com ela o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, Bia Kicis, e o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que inclusive citou: “somos unidos por ideais.”
Mas que ideais seriam estes?
Beatrix von Storch é neta Lutz Graf Schwerin von Krosigk, que serviu como ministro das finanças sob Adolf Hitler e foi o último chefe de governo do Terceiro Reich.
Segundo os cientistas políticos e jornalistas alemães, Beatrix von Storch é uma “arquiconservadora” dentro do espectro partidário da AfD. Ela é a força radical para as preocupações conservadoras-cristãs radicais, representa “demandas restaurativas” e é considerada a representante de um modelo de família clássico, um anti-comunismo militante e um patriotismo nacional que luta por uma visão positiva do “Völkisch” – um movimento que incita um “Investimento étnico” (“Umvolkung”, em alemão) que era popular durante a ditadura nacional-socialista (nazismo) – o “Völkisch” evoca uma ideia romântica do nacional, relacionada a um grupo étnico específico.
Durante o período do Terceiro Reich, Adolf Hitler e os nazistas impuseram uma definição do “Volk” alemão que excluía os judeus, o povo cigano, as Testemunhas de Jeová, homossexuais e outros “elementos estrangeiros” que viviam na Alemanha. Suas políticas levaram esses “indesejáveis” a serem presos e assassinados em grande número, no que ficou conhecido como Holocausto. (Fonte: Völkisch movement)
Ambas as palavras “Völkisch” e “Umvolkung” haviam se tornado tabu até serem resgatadas pelo movimento islamofóbico e pelo partido AfD de Beatrix von Storch, além de outras expressões como “Volksverräter” (traidor do povo) e “Lügenpresse” (imprensa mentirosa) também muito utilizadas durante o regime de Adolf Hitler. Percebam a similaridade com os “traidores da pátria” (aqueles que não são os patriotas apoiadores do governo) e a “extrema imprensa” do Bolsonarismo utilizados contra opositores do governo e em ataques a jornalistas e veículos de informação.
Em 2015 Beatrix von Storch declarou ser favorável ao uso de força letal contra refugiados – incluindo mulheres e crianças:
“É nosso dever nos defendermos com armas. Atiraremos inclusive em mulheres e crianças”
Para Bia Kicis, a foto com a “nova parceira” representa a consolidação de uma aliança: “conservadores do mundo se unindo para defender valores cristãos e a família.”
É interessante afirmar que este impulso é completamente oposto ao proposto pela Antroposofia, pois temos grupos dentro da comunidade antroposófica que apoiam o governo e todos seus impulsos, mesmo os que vão contra as próprias indicações e alertas de Rudolf Steiner – apesar de que as próprias declarações em apologia à tortura, morte e ódio aos opositores por parte do atual presidente já demonstrassem isso.
Vale pontuar que Rudolf Steiner alertou sobre a ascensão destes movimentos na humanidade e a gravidade de seus efeitos na própria esfera evolutiva humana.
O que está potencializando estes impulsos?
Não se iludam, estes impulsos são os mesmos que geraram o Holocausto. Porém, mesmo diante de tantos indícios e alertas, muitas pessoas não conseguirão suprimí-los em suas consciências.
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De 2 a 5 de agosto:
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por Leonardo Maia