O texto que propõe uma PEC para extinguir a jornada de trabalho 6×1 ganhou reforço do PT nesta semana, seis meses após ser apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Entre os parlamentares da direita, a resistência ainda continua.
Dos 68 deputados do PT, 40 assinaram o texto antes de o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), anunciar seu apoio. O petista divulgou oficialmente defesa da proposta apenas na segunda (11), depois de apelos nas redes sociais no fim de semana.
Partidos da esquerda são os que mais se mobilizaram a favor da proposta, que é vista como uma forma de reconexão com a base. PCdoB, PDT e PSOL estão entre as legendas com representantes que já manifestaram apoio ao texto. No PSB, apenas dois parlamentares assinaram o documento.
O embarque da oposição ainda é tímido, e do PL, por exemplo, apenas um deputado assinou a PEC. Fernando Rodolfo (PL-PE) justificou, em suas redes sociais, que o “interesse do povo deve estar acima dos interesses dos partidos” e por isso assinou a proposta. Nos comentários, o parlamentar recebeu elogios, mas também críticas de seguidores.
O apelo nas redes sociais no fim de semana chegou até o deputado mais bem votado em 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar foi cobrado para apoiar a proposta, mas está em silêncio desde o dia 9 de novembro no X (antigo Twitter). “Trabalho na escala 6×1 e fiquei muito decepcionado com sua posição neste tema”, escreveu um seguidor.
Se na Câmara enfrenta resistência, na internet o projeto já tem mais de 1,6 milhão de assinaturas em uma petição online. A iniciativa foi lançada por Rick Azevedo (PSOL-RJ), vereador recém-eleito no Rio. O psolista mantém a mobilização no assunto tanto nas redes sociais como nas ruas, com ações de panfletagem pelo movimento VAT (Vida Além do Trabalho).
Fonte: UOL