PT: disputa por diretório estadual também será acirrada

O PT do Rio de Janeiro está dividido, e a eleição para o comando estadual deve ser uma das mais disputadas dos últimos anos. De um lado, o grupo ligado à deputada Benedita da Silva e ao candidato à presidência nacional do partido, Edinho Silva, defende a eleição de Anielle Franco e Marcelo Freixo para a Câmara dos Deputados em 2026, além de André Ceciliano para a Assembleia Legislativa, com apoio para que ele presida a Casa.

A movimentação causou estranhamento no grupo do vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, que também é candidato à presidência do partido. “Não combinaram com os russos”, ironizou um aliado de Quaquá, citando a famosa frase atribuída a Garrincha, em referência à falta de diálogo interno sobre os planos eleitorais.

Quaquá, que afirma ter contribuído com 60 mil novas filiações ao PT no estado, tenta emplacar seu filho, Diego Zeidan, atual secretário municipal de Habitação do Rio, como presidente do diretório estadual. “Ele é um quadro político dedicado à economia solidária”, defende.

Além de Diego, Quaquá quer apoiar para deputado federal o ex-ministro Celso Pansera, atual presidente da Finep. Para a Alerj, aposta em Rosângela Zeidan (sua ex-mulher), no deputado Renato Machado e no empresário Alysson Nunes, filho do presidente da Câmara de Maricá.

Caso o grupo de Quaquá vença, a ala de Benedita, que apoia o deputado Reimont para o diretório estadual, terá de negociar espaço e recursos. A disputa promete ser decisiva para o futuro do partido no estado.

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