O prefeito de Maricá e atua vice-presidente do PT, Washington Quaquá (PT-RJ), decidiu retirar sua candidatura à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. A decisão, confirmada por ele em seu Instagram, ocorreu após uma reunião com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e teria contado com a influência direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A movimentação altera significativamente o cenário da eleição interna do PT e fortalece a candidatura do ex-ministro e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, que já vinha ganhando apoio de setores majoritários da legenda.
Quaquá, que havia lançado sua candidatura menos de uma semana antes, em um evento no Circo Voador no Rio de Janeiro, declarou que sua retirada visa fortalecer a unidade da corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), em torno da candidatura de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff.
Nos bastidores, a desistência de Quaquá é vista como uma vitória para o grupo de Lula, que busca consolidar uma liderança alinhada ao Planalto no comando do partido. A ministra Gleisi Hoffmann, que também é ex-presidente do PT, desempenhou papel crucial nas negociações que levaram à retirada da candidatura de Quaquá.
A decisão de Quaquá ocorre no último dia para registro de chapas para a eleição interna do PT, marcada para 6 de julho. Com sua saída, a disputa pela presidência do partido passa a contar com quatro candidatos: Edinho Silva, Rui Falcão (SP), Valter Pomar e Romênio Pereira.
