Quantos fascínoras ainda serão necessários?
Por Laurez Cerqueira
Central de Jornalismo
09 de abril de 2021
Quantos Doutores Jairinhos e facínoras mães como Monica serão necessários para o país entender que a pedagogia da sociedade da competição selvagem, do individualismo, do egoísmo, da indiferença, libera monstros, assassinos sorridentes, insensíveis, capazes de crimes bárbaros como a tortura e morte do menino Henry?
Casos como esse, cada vez mais frequentes, estão pedalando as estatísticas da violência.
Parece que a população está se acostumando com os monstros.
Mônica, a mãe de Henry, depois do enterro do filho, foi a um renomado salão de beleza, na Barra da Tijuca, para dar um toque no visual.
O sorridente Doutor Jairinho é vereador, representante do povo, teve uma das maiores votações pelo Partido Social Cristão (PSC).
Parece que para eles, o filho era um ser descartável como qualquer produto que se compra. Estava incomodando.
Como médico, conhecedor de anatomia, soube bater em órgãos vitais capazes de levar à morte.
Com seu sorriso sempre armado na face serena onde se esconde o monstro, Doutor Jairinhos enganou até os profissionais médicos da emergência do hospital.
Uma sociedade solidária, amorosa, fraterna, justa e livre, há de ser construída, para que possamos superar a barbárie, ver prevalecer a sanidade e nunca mais nos separarmos.