Agefis comunica Metrópoles da legalidade do painel depois de retirá-lo

Documento encaminhado ao portal nessa sexta (8/6) anula o auto de infração contra a empresa e diz que a documentação está dentro da lei

Quinze dias após a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) atestar a regularidade do painel do Metrópoles e anular o auto de infração contra a empresa, o órgão notificou o portal sobre a decisão. O documento foi entregue seis dias depois de a mesma agência retirar o engenho publicitário instalado no Setor Bancário Sul, com a seguinte informação: “Conheço a impugnação para dar-lhe provimento, portanto, decido anular o auto de notificação, considerando que o meio de publicidade possui o devido licenciamento”.

A “intimação de 1ª instância” não havia sido entregue até essa sexta-feira (8/6). O documento chega à empresa, coincidentemente, no mesmo dia em que auditores da Agefis denunciaram a prática de coação contra colegas para atender ao desejo do governo de retirar a empena eletrônica. A notificação contradiz a ação de guerra da Agência de Fiscalização para remover o engenho publicitário de 253 metros quadrados.

Assinado pelo chefe da Unidade Técnica de Julgamento (UTJ), o texto de intimação diz: “Considerando os termos da decisão administrativa de 1ª instância, que anulou o Auto de Notificação nº D 062751-AEU e, consequentemente, cessou os efeitos do mencionado auto de notificação, para fins de direito, fica Vossa Senhoria intimado da decisão”.

Reprodução

No primeiro pedido de investigação sobre a legalidade do painel de LED, a ânsia de comprovar qualquer problema foi tanta que até o endereço saiu errado no processo administrativo. Na ação inicial, a Agefis pede que seja instaurado procedimento em “desfavor da empresa Metrópoles Mídia e Comunicação S/A” para avaliar painel localizado no Setor Bancário Norte (SBN).

Porém, foi necessária uma reconsideração para a análise, visto que houve erro material na lavratura, pelo fato de o prédio ser no Setor Bancário Sul (SBS).

Reprodução

Depois da correção, a Agefis constatou, por meio da Licença de Execução Obra/Serviços nº 050/2017, que o engenho estava autorizado desde 29 de dezembro de 2017, com prazo de validade coincidente com o licenciamento da atividade nele exercida. Entendendo que a licença é válida, a Agefis anulou o auto de infração, com o argumento de agir apenas na legalidade.

“Cabe ressaltar que a administração pública é regida pelo princípio da legalidade, ou seja, toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Na clássica lição de Hely Lopes Meireles, ‘enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza’”, diz trecho do documento.

Na manhã dessa sexta (8/6), Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou três escolas em Brazlândia. Durante a agenda, ele seguiu o discurso de que a Agefis só age na legalidade. A declaração foi dada poucas horas após o Metrópolespublicar reportagem na qual auditores da agência denunciaram o uso político do órgão por parte do governador.

*Com informações do Metrópoles

central de jornalismo

Lorem ipsum dolor sit amet, consect adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore

NewsLetter

Se increva na newsletter da Central de Jornalismo e receba e seja o primeiro a saber de tudo.

Copyright © 2024. Todos Direitos Reservados. Mantido por Nyx Marketing

plugins premium WordPress