TSE apresenta seu power point para Dalagnol, sua cassação por unanimidade

House of Paranauê do Paraná.

Por Élika Takimoto

Por unanimidade, minha gente querida, ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram cassar o registro de Deltan Dallagnol como deputado federal.

  • O que ele fez?

Dallagnol cometeu uma “fraude” contra a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal onze meses antes das eleições.

  • Mas não podia pedir exoneração?

Não. Ele enfrentava processos internos no MPF que poderiam levar à sua demissão e, em consequência, à sua inelegibilidade.

Ele se exonerou para burlar a lei. Com a exoneração ele conseguiu se esquivar de processos administrativos-disciplinares.

  • Então, ele estava já sendo processado?

Sim. Já havia outros casos envolvendo suposta improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos. A gravidade dos fatos poderia levá-lo à demissão.

Foi isso mesmo que você leu: o ex-procurador e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato já havia sido condenado a penas de advertência e censura em dois processos administrativos disciplinares. Dallagnol tinha 15 procedimentos diversos em trâmite no Conselho Nacional do Ministério Público.

  • Tem certeza que ele pediu exoneração para fraudar a lei da Ficha Limpa?

Oras… Dallagnol pediu para sair onze meses antes das eleições. Membros do Ministério Público precisam se afastar apenas seis meses antes do pleito, caso queiram se candidatar para um cargo eletivo. O que você acha?

A Lei da Ficha Limpa está em vigor desde 2010.

Abre parêntese:

A emenda da lei que determinou a aplicação da Lei da Ficha Limpa a magistrados e membros do Ministério Público é de autoria do Flávio Dino – quando nosso querido ministro era deputado federal.

Fecha parêntese.

Essa lei prevê critérios para impedir que pessoas condenadas por órgãos colegiados (tribunais de justiça, cortes de contas ou conselhos superiores) possam ser candidatas a cargos eletivos.

Dallagnol foi o deputado federal mais votado do Paraná, com 344 mil votos.

É incrível como teve tanta gente que confiou em um procurador que tramou com um juiz a prisão de um inocente. Ou é gente mau caráter que não vê problema nisso ou é gente desprovida de inteligência e informação.

Os jornais de hoje noticiando que caiu preço da gasolina, caiu preço do diesel, caiu preço do gás de cozinha e caiu o mandato Dallagnol…

Que noite inesquecível, minha gente.

O ex promotor, ex deputado federal e que não conseguiu, neste caso, negociar com o juiz, disse que está sendo vítima de uma perseguição política.

“Perseguição política”, Dallagnol, é quando o procurador troca informações sigilosas com o juiz e prende alguém sem provas.

Quando você, Dallagnol, frauda a Lei da Ficha Limpa ao sair do Ministério Público, isso não é perseguição política.

O nome disso é justiça. Você está estranhando porque talvez não a conheça.

Elika Takimoto – Líder da Bancada do PT na ALERJ

Administrador

Fonte Segura: Central de Jornalismo

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