O ator Ney Latorraca faleceu na manhã de 26 de dezembro de 2024, aos 80 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte foi septicemia decorrente de um câncer de próstata. Latorraca estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, desde 20 de dezembro.
Nascido em Santos em 25 de julho de 1944, Latorraca construiu uma carreira de cinco décadas no teatro, cinema e televisão, marcando gerações com personagens cômicos e inesquecíveis.
Filho de artistas de cassino, teve como padrinho o ator Grande Otelo e iniciou sua trajetória ainda na infância, participando de uma radionovela aos 6 anos.Após atuar no teatro estudantil, estreou profissionalmente em 1965 na peça “Reportagem de Um Tempo Mau”, de Plínio Marcos. Formou-se pela Escola de Arte Dramática da USP, onde teve aulas com nomes como Ziembinsky e Antunes Filho.
Na televisão, Latorraca brilhou em diversas emissoras, com destaque para a Rede Globo. Entre seus papéis mais marcantes estão:O vilão Mederix na novela “Estúpido Cupido” (1976)O mulherengo Seu Quequé na minissérie “Rabo de Saia” (1984) O empresário Volpone e seus disfarces na novela “Um Sonho a Mais” (1985) O vampiro Conde Vlad na novela “Vamp” (1991)O malandro Barbosa no humorístico “TV Pirata”O ingênuo Cornélio na novela “O Cravo e a Rosa” (2000)O picareta Edu na novela “Da Cor do Pecado” (2004)
No cinema, destacou-se como o Padre Anchieta em “Anchieta, José do Brasil” (1976) e o protagonista Arandir no drama “O Beijo no Asfalto” (1980). No teatro, protagonizou a peça “O Mistério de Irma Vap” por 11 anos, que inspirou o filme “Irma Vap – O Retorno” (2006).
Latorraca anunciou sua aposentadoria em 2017, após o musical “Vamp”. Entretanto, ainda participou da série “Cine Holliúdy” em 2019.Ney Latorraca deixa um legado de talento, humor e carisma para a cultura brasileira. Sua ausência será sentida por fãs, colegas de profissão e todos que tiveram a oportunidade de se encantar com sua arte.