Militares sabotaram as eleições de 2018 em benefício próprio
‘Quem prenderá os generais que agiram contra a soberania popular?’, questionam Roberto Amaral e Manoel Domingos Neto
Por Carta Capital
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Central de Jornalismo
21 de fevereiro de 2021
Visitávamos Wanderley Guilherme dos Santos em meados de 2018. Ao saber que oficiais articulavam a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, inclusive com o envolvimento da “família militar”, Wanderley disse que daria voz de prisão se um deles lhe falasse algo nesse sentido.
A lembrança nos ocorre quando o general Eduardo Villas Bôas confirma, em depoimento colhido por Celso de Castro, da Fundação Getulio Vargas, que, apoiado no Alto-Comando do Exército, constrangeu o Supremo Tribunal Federal e afastou o candidato favorito.
A cúpula militar sabotou as eleições em benefício próprio. Seus integrantes assumiram importantes cargos no governo que ajudaram a eleger. Seus protegidos foram agasalhados na administração pública.
Contam-se aos milhares. Militar que intimida juiz deve ser julgado e preso, assim como o magistrado que não se dá ao respeito.
Quem prenderá os generais que agiram contra a soberania popular? Quem julgará a Corte que se deixou intimidar e, intimidade fraudou o direito?
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