Ed Motta, um artista latindo-Por Lêlê Teles

O sobrinho de Tim Maia, Ed Motta, andou a falar bobagens no Facebook. É reincidente.

Por Lelê Teles
Central de Jornalismo
10 de abril de 2021

Em certa ocasião, ao chegar em Curitiba, sentiu-se na Europa, demonstrou estar feliz por isso e disse que o brasileiro que não tem cara de europeu é feio.

Depois fez ainda mais feio, com uma agenda cheia de shows pelo velho continente, Ed sentiu que chegou lá e, camaleônico, queria camuflar sua brasilidade falando inglês com a platéia e cantando somente em inglês.

Temendo ser desmascarado por algum patrício monoglota e de fenótipo não europeu, Motta foi logo avisando, não está na gringa fazendo shows para pedreiros nem pra neguinho que ouve pagode ou sertanejo.

Não peçam músicas em português, não falem comigo em português, o inglês é a língua universal, filosofou.

Ed Motta tem alguma coisa mal resolvida com o seu vernáculo materno, chegou a inventar um tal Edmotês, que consistia em fazer grunhidos, sussurros e relinchos. Uma língua mal articulada, sem gramática, sem morfologia e de fonética primitiva. Já era um subterfúgio para abandonar o português brasileiro.

Pelas boçalidades que proferiu contra os seus patrícios, Ed levou chineladas de todos os lados, toneladas de excrementos virtuais caíram sobre sua cabeça.

Hoje, Ed Motta, brasileiríssimo e humilde, se retratou pelo Facebook, disse que toma remédios, que é muita tensão, “quem nunca erra?”, pergunta em bom português com sotaque carioca.

Essa ginástica do remédio já foi utilizada há um tempo pelo rabino Henry Sobel, o ladrão de gravatas. Alerto para o fato de que não há nas farmácias nenhum medicamento que faça um homem roubar ou ser canalha, e não há também nenhum fármaco que cure uma coisa ou outra.

Claro que esse inusitado e humilde pedido de desculpas, com a desculpa dos remédios, tem mais a ver com marketing, com busine$$, do que com o coração.

O Sepultura canta em inglês, nos tempos de Max Cavalera eles lotavam arenas com mais de cem mil pessoas mundo afora, mas sempre tinha uma enorme bandeira brasileira no palco, Max sempre dava um jeito de falar qualquer coisa em português.

O Sepultura vendeu 20 milhões de discos – 19 milhões nas estranjas -, sempre foram chamados, e gostavam disso, de brazilians ou jungle boys.

Ed Motta tá cheio de si por se ver em palcos nas estranjas, tournée e o escambau; mas comportou-se como um autêntico vira-lata.

Temendo ser reconhecido como um artista latino, tentou negar o seu povo e o seu país, e por essa digressão viralática será lembrado eternamente como um artista latindo.

Palavra da salvação.

Lelê Teles

Administrador

Fonte Segura: Central de Jornalismo

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