Flor da idade, vacina e prazer! -Por Caco Schmitt

Central de Jornalismo
17 de abril de 2021

Ao ver o querido Sérgio Rojas, hoje, tocando e cantando e seguindo a canção na hora de tomar a primeira dose da vacina, me lembrei de Chico Buarque e sua obra-prima Flor da Idade: “A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia… Pra ver Maria. A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia. A porta dela não tem tramela. A janela é sem gelosia. Nem desconfia…” Vencido o hiato que forcei entre versos, vem o êxtase: “Ai, o PRIMEIRO COPO, O PRIMEIRO CORPO, O PRIMEIRO AMOR”. Haverá algo mais belo?
Sim, os relatos, as fotos, as frases, os espantos, poemas e declarações de amor à primeira dose… Ah! A gente nunca esquece! De Oxford a Pequim, o que vale é o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor!
Meu copo se enche de alegria com as fotos e os vídeos da flor da idade postando a picada; o meu corpo treme de prazer a cada dose de esperança e, vejam só, todos meus amores, minha geração, cúmplice dos primeiros suadouros, primeiros amores, sacanagens, todos são a flor da idade! A gente “se roça e só se vicia”…
Que lindo é ver o corpo receber o primeiro copo, a primeira dose de liberdade (ai, jacaré!). A esperança não tem tramela porque a vida segue vigorosa de mãos dadas com nossa garra, a dois passos do paraíso, como se vislumbrássemos o primeiro amor. Ah! Tudo é culpa da flor da idade, tudo é culpa da vacina que nos lembra do primeiro copo, do primeiro corpo e, em especial, do primeiro amor. Não tem gelosia porque o sol sempre penetra em nossa eterna disposição de lutar e nos empurra da cama para o combate diário. E sabem por quê? Porque todos os dias nós encontramos o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor. É o segredo da flor da idade!

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