Freixo desmente cada fala de Bolsonaro na cúpula dos líderes sobre o clima

Central de Jornalismo
Por Marcelo Freixo
22 de abril de 2021

“Bolsonaro é cínico e mentiroso”, diz Marcelo Freixo

Vou desmentir ponto por ponto o discurso de Bolsonaro, o maior defensor de criminosos ambientais do mundo, na Cúpula do Clima agora nos EUA.

“O Brasil está na vanguarda do combate ao aquecimento global.”
A VERDADE: o Brasil bateu recorde de queimadas já nos 8 primeiros meses do desgoverno Bolsonaro, em 2019, com um aumento 83% nos focos de incêndio em relação ao mesmo período de 2018.

“Promovemos uma revolução verde no campo.”
A VERDADE: Bolsonaro aposta numa agricultura predatória, protege garimpeiros e madeireiros e até publicou MP para legalizar a grilagem de terras em áreas de preservação ambiental. Nós derrubamos a medida na Câmara.

“Colaboramos com os esforços mundiais de combate às mudanças climáticas.”
A VERDADE: Bolsonaro e Salles acusaram ONGs de serem responsáveis pelas queimadas e atacaram o Fundo Amazônia, paralisando o projeto de cooperação internacional para a preservação da floresta.

“Vamos eliminar o desmatamento ilegal até 2030.”
A VERDADE: Bolsonaro derrubou o delegado chefe da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, depois que ele pediu investigação contra Ricardo Salles por proteger e promover a ação de madeireiros ilegais na Amazônia.

VIOMUNDO SOB AMEAÇA, não deixe que calem nossas vozes – clique aqui
“Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando recursos para a fiscalização.”
A VERDADE: Bolsonaro e Salles interferiram no Ibama e ICM-Bio para desmontar toda a estrutura de fiscalização e combate a crimes ambientais.

“Promover esforço que contemple os interesses de todos os brasileiros, inclusive indígenas.
A VERDADE: Além publicar MP para legalizar grilagem em áreas de preservação, Bolsonaro estimula a ação de garimpeiros que estão sitiando e devastando territórios indígenas.

“Devemos promover a governança valorizando a floresta e a biodiversidade.”
A VERDADE: Bolsonaro disse que o ex-diretor do INPE, Ricardo Galvão, estava “a serviço de alguma ONG” por alertar sobre os recordes no desmatamento. Galvão acabou demitido pelo presidente.

O discurso de Bolsonaro é mais um vexame global brasileiro, que passou de referência na luta pela preservação à pária que transformou a proteção dos interesses de criminosos destruidores do meio ambiente em política de Estado.

Administrador

Fonte Segura: Central de Jornalismo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *