Marco Aurélio manda para PGR denúncia sobre cheques de Queiroz a Michelle

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello enviou na última sexta-feira (23) para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) uma notícia de fato a respeito dos R$ 89 mil depositados pelo policial militar Fabrício Queiroz e por sua mulher, Márcia Aguiar. na conta de Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2016.

Por Juliana Dal Piva/UOL
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Central de Jornalismo
27 de Abril de 2021

Nos dados financeiros da quebra de sigilo bancário e fiscal de Queiroz, foi descoberto que ele depositou um total de R$ 72 mil em 21 cheques. Já Márcia Aguiar repassou R$ 17 mil para Michelle Bolsonaro de janeiro a junho de 2011. Os dados foram revelados pela revista “Crusoé”.

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Um conjunto menor de cheques para a primeira-dama, no total de R$ 24 mil, já tinha sido identificado em 2018 no relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Bolsonaro, à época, se defendeu e admitiu que fez um empréstimo para Queiroz, mas declarou valores menores.

“Não foi por uma, foi por duas vezes que o Queiroz teve uma dívida comigo e me pagou com cheques. E não veio para a minha conta esse cheque, porque simplesmente eu deixei no Rio de Janeiro. Não estaria na minha conta. E não foram R$ 24 mil; foi R$ 40 mil”, afirmou o presidente. Depois que o conjunto maior de cheques veio à tona, o presidente nunca explicou a diferença e, quando um repórter o questionou sobre o assunto, ele chegou a ameaçá-lo de agressão.

Denúncia feita por advogado

A notícia de fato é uma denúncia feita para apreciação dos órgãos do Ministério Público. Neste caso específico, a demanda é de autoria do advogado Ricardo Bretanha, e foi protocolada em agosto do ano passado.

A PGR recebeu os autos para análise esta semana e disse à coluna apenas que “os pareceres são apresentados nos autos dos processos”. Procurada, a Presidência da República não se manifestou.

Quando os dados sobre os cheques vieram à tona, o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que a primeira-dama não era investigada.

Defensor de Queiroz, o advogado Paulo Emílio Catta Preta afirma que se pronunciará apenas nos autos.

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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