Jovens de Brasília criam venda virtual e física para produtos locais e naturais

Por Vicente Sá
Central de Jornalismo
04 de janeiro de 2022

Depois de mais um ano de pandemia e desastres ecológicos, iniciar 2022 senão com notícias boas nos dois assuntos, pelos menos com boas perspectivas. Estudos mostram que o cultivo de florestas de árvores nativas brasileiras tem potencial de gerar um retorno que varia de 9,5% a 28%, uma taxa maior que a maioria dos outros investimentos. E faz bem para o bolso do produtor e para a natureza.
Além da taxa de retorno, os serviços ambientais oferecidos pelas espécies nativas melhoram os recursos hídricos, o aumento da resiliência ante desastres climáticos e produtividade. A pegada de carbono diminui e podem ser retiradas quase 13 toneladas de dióxido de carbono equivalente da atmosfera por hectare ao ano.


Os jovens em todo o mundo estão mais interessados em ajudar o planeta do que em simplesmente enriquecer. No Brasil, também. O Lab Jovens, parte do FracEcolab, programa da Embaixada da França no Brasil, abriu 200 vagas ano passado e recebeu mais de 1.200 inscrições, o que surpreendeu e alegrou os organizadores do programa. Os jovens prometem ajudar pescadores, marisqueiros, agricultores em florestas e mais uma dezena de atividades ligadas à proteção ambiental.
Aqui em Brasília, quatro jovens se uniram em um empreendimento que não visa simplesmente ganhar dinheiro, mas fazer diferença ecológica e socialmente. É o Mercado Local. E nós, da Central de Jornalismo, vamos contar para vocês o que é esse empreendimento e quem são esses jovens:
Imagine um mercado virtual e físico que oferece o que de melhor é produzido no Distrito Federal e Entorno, desde ovos caipiras, legumes, embutidos, a cervejas artesanais e boa cachaça. Pois é isso que fazem Augusto Fontes, Alex Lindoso, Diogo Ker e Rafael Gontijo no seu Armazém Local, incentivando os pequenos produtores a continuarem a produzir com boas práticas e de forma sustentável e oferecendo os seus produtos aos clientes de Brasília que têm poder aquisitivo e querem adquirir estes produtos, mas não sabem como nem onde encontrá-los.

  • Nós começamos, por coincidência, no início da pandemia, quando as feiras estavam proibidas e os agricultores não tinham onde nem como comercializar seus produtos. Assim, fizemos o meio de campo, a ligação entre um e outro, explica Augusto.
    O Mercado Local serve como entreposto para onde os produtos são levados e depois entregues nas casas dos clientes. As entregas são feitas às terças, quintas e sábados, por enquanto em todo Plano Piloto, mas deverá ser ampliada neste ano de 2022.
    E quem não se admiraria de poder encontrar ou receber em casa um Bolinho de Jacalhau (isso mesmo, bolinho de Jaca com sabor de bacalhau), ou chocolate vegano, ou mesmo um queijo trança da roça, ou ainda um condicionador e revitalizante natural para os cabelos? Pois é, os rapazes disponibilizam tudo isso virtual e, fisicamente, na loja deles.
    Hoje, um ano e meio depois, o Mercado Local já conta com mais de 50 fornecedores em sua carteira e mais de uma centena de clientes que estão se tornando cada dia mais fiéis e curtindo produtos saudáveis, sustentavelmente produzidos.
    Se você se interessou, entre no site dos rapazes emercadolocal.com.br ou vá até a loja no Bloco A da 211 Norte.

  • Vicente Sá

Administrador

Fonte Segura: Central de Jornalismo

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