Pré-candidatura de Izalci ao GDF sofre resistência interna no partido

Indefinição sobre as eleições regionais do PSDB compromete candidaturas do partido e leva insegurança à chapa do presidente da sigla no DF na disputa ao Palácio do Buriti. Prazo para a inscrição das coligações termina em 15 de agosto
Presidente regional do PSDB desde 2015 graças à série de intervenções nacionais, o deputado federal Izalci Lucas trava uma batalha interna com correntes contrárias à sua gestão há meses. No mais recente embate, a Justiça barrou liminarmente a eleição do partido, convocada no último dia 8 e prevista para 1º de junho, quando acaba o mandato do parlamentar à frente da legenda. O imbróglio escancarou outra vez a desarmonia na sigla e despertou a desconfiança de integrantes da chapa de centro-direita liderada pelo senador Cristovam Buarque (PPS), que lançou a pré-candidatura do tucano ao Palácio do Buriti na última sexta-feira.
Pelas regras eleitorais, os partidos precisam da Presidência definida para registrar qualquer candidatura — a data-limite para a inscrição das chapas é 15 de agosto. Na ação, o filiado Lucas Chaves Siqueira aponta que, antes da eleição interna, é necessária a escolha dos delegados das zonais, representantes da sigla em cada região administrativa. Os votos que decidem o novo comando são deles, dos integrantes da Executiva Regional e dos delegados do DF que compõem a Nacional.
A questão pode ser sanada com uma nova intervenção do presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, ou por meio da reversão da liminar na Justiça. “Nesse último caso, apenas os membros da Executiva e os delegados do DF na Nacional votariam. Está previsto no estatuto”, explicou Izalci. Porém, em ambos os casos, as alas contrárias prometem recorrer ao Judiciário novamente.
  • Na possibilidade de outra intervenção, a ação de contestação seria embasada por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A norma prevê que os mandatos provisórios devem ter validade de apenas 120 dias, podendo ser renovados por igual período, “salvo se o estatuto partidario? estabelecer prazo razoavel? diverso”.
Para Izalci, as medidas são promovidas por “vendilhões do PSDB, a serviço do atual Governo do DF e de alguns grupos políticos, que querem a qualquer custo impedir um projeto sério e inovador para o DF, inclusive trazendo inverdades para o Judiciário”. O tucano garantiu que as candidaturas do partido não serão comprometidas.

Cautela

Os integrantes da chapa de Izalci são cautelosos ao comentar o assunto. Ainda assim, confirmam que as incertezas internas do PSDB comprometem as negociações. “Vamos esperar que o problema seja resolvido o mais rápido possível. Íamos construir rapidamente os outros nomes da chapa majoritária, mas, agora, teremos de aguardar”, apontou Cristovam Buarque, que concorrerá à reeleição ao Senado. Responsável pela indicação do vice da coalizão, a frente cristã adiou a escolha entre o empresário Wanderley Tavares (PRB) e seu irmão e correligionário, pastor Egmar Tavares.
Antes do problema interno no PSDB-DF, Izalci teve um inquérito remetido à primeira instância, condição que provocou questionamentos quanto à segurança jurídica do tucano. O procedimento investiga a participação do parlamentar em um esquema de desvio de recursos públicos no Programa de Inclusão Digital — DF Digital, à época em que ele comandava a Secretaria de Ciência e Tecnologia. Ele nega as acusações.
*Com informações do Correio Braziliense

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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