A arte que construí Brasília-Darlan Rosa

Por Roberto Seabra para
Central de Jornalismo
10 de março de 2021

Quando há alguns anos decidimos realizar um documentário sobre o artista plástico e comunicador Darlan Rosa, genial criador do Zé Gotinha, o personagem símbolo das campanhas de vacinação contra a poliomielite, que na minha infância era chamada popularmente de paralisia infantil, nunca imaginei que o mundo enfrentaria uma nova pandemia e que o Darlan e o seu personagem voltariam ao centro do debate político. A campanha contra a pólio liderada pelo UNICEF encontrou no Zé Gotinha um aliado perfeito. Tanto que em poucos anos o Brasil erradicou a doença e a nossa experiência serviu de modelo para outros países. Tudo isso é contado no documentário “O Risco do Artista: vida e obra de Darlan Rosa”, finalizado no ano passado com a ajuda da Trupe Do Filme e do estúdio de som do George Durand, além de uma equipe de primeira, entre os quais Cacá Soares, Elizio Costa, Gilberto Medina, Tiago Miollo, Rejane Evaristo Lisboa, Gabriel Lou, Rodrigo Zolet, Pedro Bedê, Luis Clementino, Adelson Carvalho, Felipe Queiroz, Sérgio Borges, Lith Correia, Pedro Araújo e tantos outros e outras que nos ajudaram no financiamento coletivo. O filme é uma singela contribuição para a história da saúde pública no Brasil e da arte urbana em Brasília. Como diria o jornalista Chico Sant’Anna, primeiro o mercado tentou impedir a existência do Zé Gotinha, que não dava lucro às grandes agências de publicidade. Agora veio a má política, que tentou desmoralizar a vacinação. Mas o Zé Gotinha, assim como o SUS, é forte e vai continuar valorizando a ciência e a vacinação para todos e todas! E obrigado ao ex-presidente Lula por ter feito a devida homenagem ao personagem criado pelo brasileiro Darlan Rosa.

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