Elite política e econômica dá cada vez mais sinais de que 2022 pode encerrar a era Bolsonaro, isso se não houver impeachment antes. Fator Lula entra no jogo
Por Eduardo Maretti/RBA
Compartilhado por
Central de Jornalismo
17 de Março de 2021
Na foto Araújo, Bolsonaro, Paulo Guedes. Junto com Pazuello, representantes maiores de um governo desastroso para o país e que já desagrada a todos os setores relevantes da sociedade civil
São Paulo – O agravamento da crise econômica e a catastrófica conduta do presidente Jair Bolsonaro e seu governo durante a pandemia do novo coronavírus começam a produzir reações imprevistas até há poucas semanas e debates sobre o impeachment voltam à cena.
O ex-candidato direitista João Amoêdo (Novo), por exemplo, afirmou que o fracasso do Executivo pode abrir caminho para a volta da esquerda à Presidência. O economista Delfim Netto declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será presidente outra vez, e com seu voto. Na semana passada, pronunciamento do ex-presidente levou ao surgimento do termo “fator Lula” para ironizar mudanças de atitude e de linguagem de Bolsonaro.
Após o ressurgimento do ex-presidente à cena política, o “megainvestidor” Mark Mobius disse não entender o porquê da rejeição ao petista, que não seria “necessariamente ruim para o mercado brasileiro”. O suposto “fator Lula” movimentou os assuntos dos meios de comunicação. Para mandar recado a Bolsonaro, veículos que até agora vinham dando suporte pelo menos a sua agenda econômica, como a Globo, acabaram dando espaço generoso para as vitórias de Lula no STF e à repercussão de sua entrevista.