Como surgiu o termo GENOCIDA. Central de Jornalismo

Por Leandro Karnal
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Central de Jornalismo
26 de março de 2021

O termo genocídio tem vindo à tona nas redes. Queria fazer uma série de postagens para pensar o uso da expressão.
Violência é inerente à espécie humana. E genocídio? O termo tem data de nascimento: 1944. O autor foi um advogado de ascendência judaica, Raphael Lemkin (1900-1959), emigrado para os EUA. O advogado juntou o termo grego GENOS (família, tribo, raça) e o latino CIDIUM (o que mata). A palavra apareceu no livro sobre o governo do eixo na Europa ocupada: Axis Rule in Occupied Europe. No livro, o autor define genocídio como o empreendido pelos nazistas para destruir cultura, linguagem, sentimentos nacionais, religião etc algo que inclui, mas não se encerra na eliminação de pessoas. Importante: nunca é uma violência sobre um indivíduo apenas, mas contra um grupo inteiro e não apenas contra a existência física do grupo, todavia da eliminação da dignidade, economia, identidade e valores culturais do grupo. Assim, o simples ato de matar um ou vários seres não é suficiente para o conceito. Todo genocídio envolveu massacre, nem todo massacre é genocídio. Na genocídio, a violência simbólica se dirige ao grupo e a violência concreta aos indivíduos. Os genocídios envolvem ataques simbólicos e assassinatos concretos. Assim, respondemos a uma questão inicial: de onde vem o termo? Faltam várias outras questões. Voltarei ao tema.

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