Governo comprou R$ 5,2 bilhões de vacina representada por empresa de amigo de Ricardo Barros

A Belcher do Brasil fica em Maringá base política de Ricardo Barros e onde ele foi prefeito, e a empresa é de um amigo que foi seu secretário

Por Renato Rovai/Revista Fórum
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Central de Jornalismo
27 de junho 2021

No dia 16 de junho o site da CNN divulgou nota do Ministério da Saúde em que se comemorava a intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina CanSino. A reportagem informava que teria tido acesso ao documento assinado no dia 4 de junho.

O governo federal, ainda segundo a reportagem, iria pagar 17 dólares por dose. Ou seja, R$ 5,2 bilhões por 60 milhões de doses. O valor mais alto de todas as vacinas compradas pelo governo incluindo a Covaxin, 15 dólares. Ambos os imunizantes são aplicados em dose única.

O detalhe da operação é que o acordo de intenção de compra, assinado pelo secretário em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, se deu com a empresa Belcher Farmacêutica do Brasil, que representa a CanSino.

A Belcher Farmacêutica que havia entrado com pedido de uso emergencial junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 19 de maio e cujo processo de análise ainda estaria em andamento tem sua sede em Maringa, como pode ser vista na imagem abaixo.

Maringá, no Paraná, é a cidade em que Ricado Barros tem sua base eleitoral e onde foi prefeito. Ricardo Barros foi acusado pelos irmãos Miranda de ter sido citado por Bolsonaro como o dono do esquema de compra da Vacina Covaxin que está sendo investigado pela CPI do Covid.

Negócio entre amigos

O paranaense Emanuel Catori é o diretor presidente da Belcher Farmacêutica do Brasil, de Maringá. Ele junto com os empresários bolsonaristas Luciano Hang, das lojas Havan, e Carlos Wizard, liderou um movimento para que empresas privadas conseguissem permissão para comprar e distribuir imunizantes, criando o “camarote das vacinas”. Em março deste ano ele esteve em Brasília para uma conversa com o governo federal acerca deste tema.

A Belcher pertence a Emanuel Ramalho Catori e também a Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, ligado a Ricardo Barros.

Chiquinho Ribeiro, como é conhecido em Maringá, foi presidente da Urbamar na gestão de Barros como prefeito de 1989 a 1992, e conselheiro da Sanepar no curto governo de Cida Borghetti, esposa de Barros.

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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