As bombas da semana indicam que a campanha eleitoral pode se transformar numa batalha campal

Por Laurez Cerqueira
Central de Jornalismo
29 de Janeiro de 2022

O TCU quebrou o sigilo do processo que investiga a participação do ex-juiz Sérgio Moro em contratos com a empresa Alvarez & Marsal, com sede nos Estados Unidos.

A montanha de dinheiro apareceu.

Só das empresas alvos da Lava-Jato, a Alvarez & Marsal levou R$ 42,5 milhões de reais.

Dessa montanha de dinheiro, feitas as contas em miúdos, Moro embolsou mais ou menos R$10 mil reais por dia, por serviços prestados.

Que trabalho tão valioso é esse que Moro fez para receber, por serviços de consultoria, US$ 45 mil dólares (R$ 125 mil reais por mês), mais bônus de US$ 150 mil dólares (R$750 mil reais)?

No contrato inicial com a Alvarez & Marsal, Moro aparece como sócio da empresa, mas depois que o TCU abriu o processo, o contrato foi mudado e ele passou a figurar como empregado. Estranho, não?

No mesmo dia, o ex-presidente Lula foi inocentado pela juíza morista Pollyana Alves, da 12° Vara da Justiça Federal, no “caso triplex”, e o processo foi arquivado definitivamente.

A juíza Pollyana Alves é uma da turma de magistrados que assinou um manifesto de apoio a Sérgio Moro quando ele era mandatário da Lava-jato. Isso é sinal que as coisas estão mudando.

O ex-presidente Lula vê a verdade triunfar, entra na campanha como vítima da perseguição de uma organização criminosa chefiada por um juiz não apenas parcial, como o STF o condenou, mas como juiz venal.

Também no mesmo dia, Bolsonaro se recusou a depor na Polícia Federal, no inquérito do STF que investiga o vazamento, por ele, de dados sigilosos de um processo em sigilo de justiça.

Diante do descumprimento da decisão judicial, o ministro Alexandre de Moraes poderia determinar a construção coercitiva do presidente, mas optou por levar o caso ao plenário do STF.

Bolsonaro perdeu a oportunidade de, no depoimento, se defender.

Sem o depoimento, o tribunal dará a sentença de acordo com os elementos que dispõe.

Tudo indica que essa decisão de Bolsonaro foi calculada.

Ele pode transformar isso numa bandeira de mobilização dos seus seguidores para manifestações contra o STF e o TSE.

Dizer que está sendo perseguido e que não aceitará qualquer decisão do TSE, inclusive o resultado das eleições.

Condenado em última instância, Bolsonaro torna-se “ficha suja” e impedido de registrar a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral.

A campanha começa a dar ares de uma batalha campal. Não vão querer entregar devolver o país à democracia.

As eleições deste ano podem se transformar em batalha campal confira: http://laurezcerqueira.com.br/4107/as-eleicoes-deste-ano-podem-se-transformar-em-batalha-campal.html

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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