Se abrirem a ‘Caixa-Preta’ de Wajngarten ele pode sair preso da CPI-Por Kleber Moraes

Se o Ex-secretário de comunicação mentiu e agora após as quebras de seus sigilo, descobrirem que ele apoiou o ‘Marketing da Morte’…Wajngarten irá em cana!

Por Kleber Moraes
Central de Jornalismo
12 de maio de 2021

A CPI agora quer saber se recursos públicos foram usados para irrigar blogueiros e meios de comunicação que promoveram a desinformação – defendendo o kit covid, sem eficácia para a doença, e atacando prefeitos e governadores que tomavam medidas de restrição à circulação.

“É preciso rastrear contratos das empresas do ex-secretário e também aqueles assinados por Wajngarten quando comandava a área da comunicação do governo Bolsonaro”, disse um dos senadores que comanda a CPI.

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Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, tinha a fama de atacar jornalistas e críticos do governo federal. Em seu depoimento na CPI da Pandemia, nesta quarta (12), contudo, até se fez de bobo tanto para evitar incriminar o ex-chefe quanto para não dar detalhes sobre o uso da máquina pública na promoção da desinformação on-line da covid-19.

Ele, que se vangloria de ser especialista em comunicação, chegou a afirmar que não sabe “qual o alcance de uma fala presidencial” ao ser instado a comentar as declarações de Jair Bolsonaro contrárias ao isolamento social e críticas à vacina da Pfizer. Ou seja, preferiu demonstrar ignorância sobre um tema que qualquer estudante de primeiro ano de comunicação é capaz de discorrer do que apontar que o presidente contribuiu para promover o negacionismo e o comportamento irresponsável junto a uma parcela da população.

Como comentou um senador à coluna: “Ele é tigrão no Twitter, mas foi tchuchuca na CPI”.

Questionado pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se o ataque a jornalistas fazia parte de uma estratégia do governo na pandemia, Wajngarten disse que não, mas indicou que é muito difícil ficar em silêncio diante de algumas críticas de jornalistas.

Além disso, o ex-chefe da Secom afirmou que Bolsonaro sempre deixou muito claro que compactua com a liberdade de imprensa. A realidade, contudo, é outra. Desde que assumiu, o presidente elegeu a imprensa como inimigo a ser destruído e tem sido agressivo contra jornalistas, principalmente as mulheres. Levantamento da Repórteres Sem Fronteiras apontou que o presidente e seus filhos políticos foram responsáveis por 469 dos 508 ataques a jornalistas feitos por autoridades públicas no ano passado.

A Justiça proibiu, em março do ano passado, a Secom de circular peças de uma campanha chamada “O Brasil não pode parar”, que tentava empurrar trabalhadores para a rua em meio à primeira onda de covid-19 no país. Trazendo declarações como “No mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos”, nas redes sociais, ela tentava vender a ideia de normalidade.

Após as críticas, as postagens foram apagadas das redes da secretaria na época. Wajngarten negou, nesta quarta, responsabilidade pela campanha.

Independente das esquivas e negativas na comissão, há farto material comprovatório de que o governo usou sua máquina de comunicação para sabotar as medidas adotadas por governadores e prefeitos no combate à doença. Vale lembrar que Bolsonaro tachou a covid-19 de “resfriadinho” e “gripezinha” em um pronunciamento oficial de rádio e TV, por exemplo.

Sobre a parte da máquina de comunicação que opera nas sombras, centrada na figura do “Gabinete do Ódio”, como é chamada a estrutura de desinformação e ataques a reputações que funciona dentro do Palácio do Planalto, Fabio Wajngarten afirmou que o único gabinete que conhece na Presidência da Republica é o da Secom. E disse que Tercio Arnaud Tomaz, assessor do governo acusado de fazer parte da estrutura, nunca trabalhou para ele.

A CPI da Pandemia já havia sinalizado que iria se debruçar, a partir desta semana, no financiamento de campanhas de desinformação que defendem tanto a eficácia da cloroquina, ivermectina e outros produtos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma serem inúteis contra a covid-19 quanto no ataque ao isolamento social e às vacinas. Renan Calheiros abordou o tema em sua inquirição a Wajngarten, mas não ficou satisfeito com as respostas.

A comissão deve convidar empresários próximos ao bolsonarismo para verificar o impulsionamento de conteúdos em redes sociais e o financiamento do disparo em aplicativos de mensagens com desinformação sobre a covid-19. E se isso foi feito a pedido ou por sugestão do governo federal. Avaliam quebrar sigilos fiscal e telemático. Senadores da oposição chamam o impulsionamento de conteúdo danoso à saúde durante a pandemia de “marketing da morte”.

(Leia a íntegra do texto no post do blog)

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Fonte Segura: Central de Jornalismo

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