Queiroz depositou ao menos 21 cheques na conta de Michelle Bolsonaro, diz revista

Por Carta Capital
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(Foto: Carolina Antunes/PR)

Valor de 72 mil reais desmente a versão do presidente Jair Bolsonaro, que falava em empréstimo de 40 mil
Uma reportagem da revista Crusoé afirma que a primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu, ao menos, 21 cheques de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro. Os valores, segundo a publicação, chegariam a 72 mil reais.
Os dados da quebra de sigilo bancário de Queiroz e desmentem a versão de Bolsonaro sobre um cheque de 24 mil reais que já havia sido revelado na conta de Michelle. Na época, o presidente afirmou que o pagamento era referente a um empréstimo de 40 mil reais que Queiroz devia para a família.

A quebra de sigilo mostra ao menos 21 depósitos, ocorridos entre 2011 e 2018, que totalizariam no valor descrito. “Três cheques de 3 mil reais em 2011, outros seis do mesmo valor em 2012 e mais três de 3 mil reais em 2013. Em 2016, as movimentações bancárias registram nove depósitos, totalizando 36 mil reais.”, diz a reportagem.

Além disso, não haveria demonstrações de movimentação financeira entre Bolsonaro e Queiroz, incluindo o suposto empréstimo de 40 mil reais.

Queiroz é acusado de ser um dos operadores de um esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Os rendimentos do ex-policial militar e ex-funcionário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) mostram incompatibilidade com sua renda: entre 2007 e 2018, foram identificados 6,2 milhões de reais registrados na conta do ex-assessor, sendo que os valores referentes a rendimentos são de 1,6 milhão.

Também foram identificados pagamentos depositados na conta da esposa de Flávio Bolsonaro, Fernanda, que totalizariam 25 mil reais.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que conduz as investigações, identificou que Queiroz também recebia e realizava depósitos para Adriano da Nóbrega, ex-PM que foi morto na Bahia no começo do ano e que é apontado como miliciano-chefe do Escritório do Crime.

O ex-assessor cumpre prisão domiciliar com sua esposa, Márcia Aguiar, após ter sido beneficiado com decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.

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