A empresa e o happy hour

Por João Alberto

Jornalista, radialista, escritor

Aquelas saídas nas sextas-feiras que você faz com a turma do trabalho ou da faculdade direto para um bar ou um restaurante são mais saudáveis e populares do que você imagina.

Com origem nos navios europeus para aliviar o estresse dos marinheiros nas longas viagens – lhes eram concedidos uma hora para praticarem boxe ou luta livre – mas o HAPPY HOUR começou a ganhar as ruas durante o período da “lei seca”, nos Estados Unidos, que, com a proibição do consumo de bebidas alcoólicas as pessoas passaram a sair depois do expediente e irem beber em bares clandestinos e com euforia desfrutarem de sua hora feliz.


Pelo mundo a fora as boas casas se preparam para o que elas chamam de hora morta – Aquele período de baixa ou quase nenhuma frequência – e fazem promoções, nas bebidas e/ou nos petiscos, para atrair a galera para o happy hour. Em Goiânia, com o advento do “Whatsapp”, os mais antenados criaram seus grupos para happy hour como “A confraria 43” e o “Vip’s e Baladas”. Os membros desses grupos ficam de olho nas melhores casas e nas boas promoções das sextas-feiras e decidem pelo melhor local de sua hora feliz.

Como o próprio nome sugere esse período não deve se alongar muito, devendo ficar mesmo entre uma hora ou no máximo uma hora e meia. Afinal, não é para você tomar um porre na frente de seus colegas e sim ter um momento de descontração e discutirem mais livremente assuntos que não se permitiriam no escritório ou na sala de aula. E aí vale quase tudo; da piada ao futebol, de assuntos de trabalhos a banalidades, da vida pessoal à vida alheia. Mas sempre sem exageros. Em algumas capitais do Brasil se pode detectar as tendências do que se faz em um happy hour.

Os paulistanos não conseguem se desvencilhar do trabalho e os assuntos giram em torno de trabalho mesmo, enquanto que os cariocas sentam no bar para reclamar, os brasilenses já são dados a discussões e troca de ideias, os mineiros e os goianos preferem contar causos. Não se troca ideias numa mesa de bar em Goiânia; escutam-se histórias. Mas costumes à parte, o que importa é que essa hora sagrada seja pra se curtir sem sentimento de culpa.

Essa horinha com seus colegas não vai transformar você em um desocupado ou irresponsável. Considere-a uma extensão dos seus afazeres, só que mais prazerosa.

É meu caro, o happy hour é tão importante para a empresa que deveria ser incluída como hora extra e as despesas pagas pela presidência. Estudos mostram que quem sai para beber com os colegas de trabalho depois do expediente recebem mais promoções do que os que não saem. As empresas já perceberam que os grupos que saem para os happy hour trabalham mais afinados e satisfeitos e consequentemente rendem mais. Além do que, muitas ideias positivas para a melhoria no trabalho saem de momentos como esses, em que as pessoas estão mais descontraídas e livres para se expressarem.

Os japoneses que o digam. Na terra do sol nascente é costume do
presidente da empresa participar do happy hour e transformar o momento em um “Brainstorming” – uma espécie de tempestade de ideias – que depois serão aproveitadas pela corporação e, a empresa paga a conta, claro!


Como se não bastasse, vamos elencar outras vantagens de beber com os colegas. Isso mesmo, beber! Não se deve evitar o álcool em consumo moderado, pois estudos atestam que faz bem à saúde. Os que participam desse evento depois do expediente passam a confiar mais uns nos outros. Dados de um estudo feito na Escócia, em 1958, comprovam que os que bebem moderadamente também ganham mais do que os que não bebem nada, olha que coisa boa!

Portanto, vá sem culpa, mas não se exponha demais e nem exagere na bebida, afinal você não quer ter sua vida sendo vista como uma novela no seu ambiente de trabalho e nem ser o cachaceiro mor do escritório.

Administrador

Fonte Segura: Central de Jornalismo

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